Banda larga brasileira volta a crescer com avanço na velocidade

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A base de banda larga fixa (serviço de comunicação multimídia – SCM) brasileira voltou a crescer em fevereiro, segundo dados divulgados pela Anatel nesta quarta, 30. Com aumento de 0,46%, ou 117,1 mil adições líquidas, praticamente recuperou a queda entre dezembro e janeiro (recuo de 0,51% e 129,8 mil desconexões). No total, a base somou 25,561 milhões de acessos de Internet.

Vale notar, entretanto uma tendência de migração de velocidades no mercado. Com 197,9 mil adições líquidas (aumento de 3,47%), a faixa de 12 Mbps a 34 Mbps conduziu a tendência positiva em fevereiro, aumentando a sua participação para 23,07%, ou 0.68 ponto percentual (p.p.) a mais; um total de 5,896 milhões de acessos. Além dessa faixa, as conexões com capacidade acima de 34 Mbps também mostraram avanço: 1,68% (25 mil adições líquidas), total de 1,512 milhão de acessos (5,92% do total). Por sua vez, embora a faixa mais baixa, de 0 Kbps a 512 Kbps, tenha mostrado leve crescimento em fevereiro (0,87%, ou 9,3 mil adições), ela ainda apresenta queda no comparativo anual (13%), permanecendo com o menor share.

Evolução Velo SCM fev

Mesmo em queda de 0,45% e 0,96% respectivamente, as velocidades de 2 Mbps a 12 Mbps e de 512 Kbps a 2 Mbps ainda são as dominantes no mercado brasileiro. A primeira, com 9,847 milhões de acessos (38,52% de market share), e a segunda com 7,218 milhões (28,24%). Juntas, somaram 115,1 mil desconexões no mês e 1,980 milhão no ano, equivalente à quantidade de adições da faixa de 12 Mbps a 34 Mbps (197,9 mil e 2,682 milhões, respectivamente).

Tecnologias

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O avanço na velocidade pode ser explicado pelo crescimento de 0,42% nos acessos em Cable Modem, a segunda maior base do País, com 8,294 milhões. O aumento anual foi de 6,58%. A fibra (FTTx) avançou 1,02% (29,4% no comparativo anual) e totalizou 1,315 milhão de acessos.

Ainda sem poder contar com os pequenos provedores que participaram do leilão de sobras no final do ano passado, o mercado de acesso LTE fixo ainda se mostra incipiente. Também avançou em fevereiro, embora com apenas 3,9 mil (1,27%), totalizando 317 mil conexões.

A forma de acesso dominante no País é a xDSL, com 13,286 milhões de acessos e um crescimento de 0,09% (0,47% ao ano). O maior crescimento no mês foi a da tecnologia sem fio Spread Spectrum, com 3,05% (9,62% no ano), embora a base tenha apenas 1,574 milhão de conexões.

Pequenos crescem

Quem mais cresceu no período não foi um grupo econômico em particular, mas a soma de pequenos provedores classificados pela Anatel como "outras". O avanço de 2,94% representou 65,3 mil adições líquidas, totalizando 2,286 milhões de acessos – se fosse uma empresa, seria a quarta maior do País. No ano, o avanço é de 13,56%.

Já contando com a GVT, a Telefônica/Vivo avançou 0,45% no mês (32,6 mil adições líquidas), totalizando então 7,337 milhões de conexões, a segunda maior base brasileira. A América Móvil (Claro, Embratel e Net), a líder do mercado, somou 0,13% e totalizou 8,158 milhões de acessos.

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Apenas três empresas perderam acessos em fevereiro: Blue Interactive (antiga Big Brasil e que foi comprada pela Net no fim do ano passado, mas ainda contabilizada como empresa independente), com 1,9 mil desconexões; Cabo, com 504; e Oi, com 2,7 mil desligamentos. Apesar das desconexões, a Oi continua com a terceira maior base no País, com 6,372 milhões de linhas.

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