Cabo submarino ligará África do Sul à Europa e ao Brasil

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O governo sul-africano vai lançar um novo cabo submarino de telecomunicações na costa ocidental para ligar o país à Europa e à América. Orçado em 700 milhões de randes (o equivalente a R$ 189,3 milhões), o cabo terá uma bifurcação numa área ao norte da África do Sul, entre Inglaterra e Brasil.

O cabo submarino é considerado pelas autoridades como fundamental para aumentar a capacidade de comunicações, principalmente de internet de banda larga, entre a África do Sul e o restante do mundo. O projeto também visa a redução das tarifas em vigor naquele país, consideradas um fator limitante da competitividade das empresas e um obstáculo ao acesso à internet pelo cidadão comum.

O único cabo submarino que liga atualmente o sul do continente africano à Europa (o SAT 3) pertence à empresa estatal de telecomunicações Telkom, sistematicamente acusada de prestar serviços de má qualidade a preços elevados, que seria conseqüência da falta de concorrência no setor.

Na ocasião em que fez o anúncio do lançamento do novo cabo (que vai correr ao longo da costa oriental africana), a diretora-geral do Departamento de Comunicações daquele país, Lyndal Shope-Mafole, disse que o projeto faz parte da chamada ?Nova Parceria para o Desenvolvimento de África? (Nepad, da sigla em inglês), devendo servir ao continente como um todo.

A diretora-geral alertou, no entanto, para as dificuldades de concretização do projeto devido aos persistentes desacordos entre governos e entidades privadas de vários países sobre os termos de utilização e partilha de custos e benefícios. "Como africanos sentimos a necessidade de dispor de um novo cabo submarino para reduzir os custos das telecomunicações", disse Shope-Mafole, que anunciou que a ligação com o Brasil deverá estar concluída em 2009.

O financiamento do projeto está atualmente em discussão. É possível que o setor privado seja o principal acionista da nova infra-estrutura, na qual a estatal Telkom poderá deter algum tipo de participação.

Com informações da Agência Lusa.

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