Empresas mineiras na mira de fundos de capital semente

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Empresas nascentes de Minas Gerais apresentaram nesta sexta-feira, 1º, os planos de negócios a potenciais investidores no 2º Seed Fórum, uma iniciativa da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

O encontro, que teve o patrocínio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID/Fumim), reuniu, de um lado, nove empresários com idéias inovadoras que buscam investimentos de fundos de seed money (capital semente) e, de outro lado, cerca de 45 investidores do estado atentos a boas oportunidades de negócios.

O capital semente apóia as chamadas startups, empreendimentos promissores que estão em fase inicial de implementação e organização de operações, alguns ainda em incubadoras de empresas. Nesse estágio, esta modalidade de investimento pode ajudar na capacitação gerencial e financeira do negócio.

"Esses empreendores estão fora do radar dos investidores tradicionais e, por isso, eventos como esse são fundamentais", observou David Travesso, do FIR Capital, que recentemente lançou um fundo de capital semente em parceria com a Finep no Sul de Minas. "O Seed Fórum ajuda a empresa nascente a romper o complexo de vira-latas", completou ele.

Já o diretor do fundo HorizonTI, Carlos Guillaume, está de olho em empresas de tecnologia da informação e da comunicação e pretende fazer investimentos em cerca de dez startups. Com 30 acionistas, o fundo projeta um retorno de 35% ao ano. Mas Guillaume acha que a falta de clareza nas regras que regem as inversões de capital semente acabam prejudicando os investimentos. "É uma modalidade recente no Brasil e precisamos debater amplamente as regras, tanto para investidores como para empreendedores que tenham negócios promissores."

A empresa MySky, que desenvolve softwares para empresas de aviação, é um desses empreendimentos que começam a atrair investidores de capital semente. "Nossos programas cobrem desde a reserva do cliente até a manutenção das aeronoves", explica o executivo Uriel Soares. "Nossa expectativa é sair daqui com um bom contato que, além de investimento, agregue experiência em gestão e ajude no processo de internacionalização da empresa", resume. Apesar de ser uma microempresa, a MySky já tem 18 clientes em seis países da América Latina e África.

Ainda no encontro, sete empreendedores – a maioria pessoa física ou startup – selecionados pela Finep tiveram a oportunidade de apresentar seus planos de negócios aos investidores presentes. A idéia era mostrar o negócio de forma atraente e em apenas dois minutos de apresentação. "No pouco tempo que essa metodologia americana determina, eles fizeram excelentes apresentações", avalia Patrícia Freitas, superintendente da área de Investimentos da Finep.

O Primeiro Seed Fórum ocorreu em setembro do ano passado, em Florianópolis. O próximo será na cidade mineira de Pouso Alegre, em outubro.

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