Acionistas rejeitam oferta de aquisição da Sonaecom

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A Portugal Telecom rejeitou em assembléia geral nesta sexta-feira (2/3) alterar o estatuto da companhia em relação ao limite de capital que um investidor pode ter, uma condição para o prosseguimento da oferta pública de aquisição apresentada pela Sonaecom, de 11,8 bilhões de euros.

Na assembléia, que contou com representantes de 67,4% do capital da Portugal Telecom, mais de 46% dos votos foram contra a mudança do estatuto, enquanto cerca de 43% se manifestaram favoráveis a alterações. Ainda houve abstenções. Pelo estatuto da Portugal Telecom, cada acionista tem limite de voto de 10%. A Sonaecom precisava assegurar mais de dois terços dos votos presentes da assembléia favoráveis pela mudança do estatuto, mas alguns acionistas já haviam afirmado que se posicionariam contra as alterações.

Havia expectativa no mercado de que a Sonaecom, se fosse bem-sucedida na compra da Portugal Telecom, venderia os 50% que o grupo português tem na Vivo para a espanhola Telefônica, que detém os outros 50% da operadora de telefonia móvel.

Antes da decisão da assembléia, o advogado da Sonaecom representando a empresa na assembléia da Portugal Telecom, Osório de Castro, havia dito que sem mudanças no estatuto "o processo [de oferta pública] ficaria por aqui". "Aceitaremos o resultado com 'fair play"', afirmou o advogado.

Os investidores já antecipavam a decisão da assembléia. As ações da Sonaecom caíram 12,38% na bolsa de valores de Lisboa, enquanto as da Portugal Telecom recuaram 1,59%.

A Sonaecom lançou a oferta de compra da Portugal Telecom em fevereiro do ano passado, por 9,5 euros por ação. O valor foi elevado para 10,5 euros, mas o conselho da Portugal Telecom manteve a posição de que a proposta era baixa.

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