SP será primeiro a ter chip de identificação de veículos

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O estado de São Paulo será o primeiro do país a adotar o Siniav (Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos). A garantia foi expressa com a assinatura nesta terça-feira (2/10) de convênio do governo estadual com a prefeitura da capital para dar início a implantação do sistema na cidade.

O sistema será adotado em todo o Brasil e tem por objetivo aumentar a segurança dos cidadãos, aperfeiçoar a gestão do tráfego e melhorar a fiscalização veicular. Nele, cada veículo da frota terá um chip eletrônico, que possibilitará saber a localização exata de um automóvel, quais os pontos de maior congestionamento ou ainda os proprietários de veículos que não estão com os impostos em dia.

O convênio foi celebrado pelo estado, por meio da Secretaria Estadual de Segurança Pública e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), e pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Transportes e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). São Paulo é o primeiro Estado do Brasil a se preocupar com a implantação da identificação eletrônica dos automóveis.

Inicialmente será feito um estudo para discutir como será desenvolvido o projeto. Uma vez bem sucedido na cidade de São Paulo, o modelo deverá ser adotado pelas demais cidades da região metropolitana. Em seguida serão os municípios do interior ? tudo bem antes dos prazos estipulados pelo governo federal, segundo a Prefeitura de São Paulo. ?Até março ou abril do ano que vem devemos ter concluída a licitação para iniciar a implantação dos chips nos veículos?, garantiu o prefeito Gilberto Kassab.

A etiqueta eletrônica, ou chip, é um microcircuito eletrônico no qual estará gravado um código de identificação com as informações do veículo. Os dados contidos na etiqueta eletrônica são capturados por antenas receptoras, equipamentos instalados em ruas e avenidas. A comunicação entre as antenas e as etiquetas eletrônicas se dará por ondas de radiofreqüência e a comunicação entre as antenas e a central de controle será feita por transmissão celular.

Um conjunto de antenas receptoras convenientemente distribuídas pelas principais vias, entradas e saídas da cidade vai possibilitar, nos pontos cobertos pelas antenas, saber instantaneamente quantas etiquetas passaram por um determinado local, em quais velocidades, a origem e o destino dos deslocamentos e outras informações relevantes para a gestão do tráfego.

O sistema vai permitir ainda a realização de blitze policiais com eficiência, possibilitando aos agentes policiais deter para investigação somente os veículos que o sistema tenha acusado como portadores de alguma inconformidade. Há ainda a possibilidade de se rastrear uma determinada etiqueta eletrônica, quando esta estiver associada a um veículo com irregularidades.

Por fim, é possível verificar o cumprimento da legislação sobre carga e descarga de caminhões em regiões específicas da cidade, o tráfego de veículos e cargas especiais em rotas e horários especiais e o tráfego na região do rodízio e nas zonas de máxima restrição à circulação.

?Mais uma vez São Paulo sai na frente. Ela é a pioneira no mundo nesse tipo de sistema?, garante o assessor da diretoria de operações da CET, Aquiles Leonardo Bisanelli. Segundo ele, diversas cidades no mundo possuem sistemas semelhantes, mas apenas com a finalidade de efetuar cobranças de pedágio rodoviário.

É o caso da cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. Os veículos que atravessam a famosa ponte Golden Gate, seu maior cartão postal, podem optar por pagar o pedágio através de um sistema de chips semelhante ao do Sem Parar, modelo usado pelas concessionárias de rodovias paulistas.

O município de Praia Grande, na região da Baixada Santista, também usa tecnologia parecida. No entanto, lembra Bisanelli, o sistema deles tem por objetivo controlar apenas a entrada e saída de veículos da cidade. Além disso, os chips e antenas usados não são compatíveis com o Siniav.

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