O prazo acabou. Sua empresa está preparada para o GDPR?

0

O Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia e suas implicações são assuntos frequentes na mídia e nas reuniões de negócios ao longo dos últimos dois anos. Enfim o prazo se esgotou e a regulamentação entrará em vigor no mês de maio. As novas regras irão impactar a forma como lidamos com a privacidade dos dados e, sem dúvida, servirá de incentivo para uma mudança de comportamento no mercado.

Um dos principais pontos da regulamentação é que as empresas passam a ser mais responsáveis pelos dados que coletam e armazenam. Além de não poderem mais coletar dados dos consumidores que não sejam relevantes para o negócio, têm de ser transparentes sobre como irão usar esses dados, onde irão armazená-los e terão que apagá-los caso o cliente deseje.

Todas as empresas brasileiras que têm relações comerciais com companhias da União Europeia precisam se adequar às normas e a segurança é peça fundamental do processo, já que a não conformidade, incluindo incidentes de segurança e vazamento de dados, podem resultar em multas milionárias.

Recente pesquisa feita pela McAfee com cem executivos brasileiros da área de segurança, mostrou que 61% dos entrevistados têm um plano para lidar com os dados em conformidade com o GDPR em todos os seus provedores de nuvem e 37% afirmaram que apenas alguns dos seus provedores têm um plano para lidar com o GDPR.

A pesquisa também questionou se os brasileiros pretendem aumentar ou diminuir os investimentos em nuvem pública, privada ou híbrida por conta das novas regulamentações. Como resultado, 70% dos entrevistados disseram que pretendem aumentar o investimento em nuvem privada com intuito de atender às regulamentações do GDPR.

Outro dado interessante revelado na pesquisa é que apenas um quarto dos entrevistados diz ter total confiança em manter os dados confidenciais da empresa na nuvem pública. No entanto, 51% armazenam alguns dados confidenciais da empresa na nuvem pública e 33% armazenam todos os dados confidenciais da empresa. Entre esses dados estão: informações pessoais de clientes (58%); atas de reuniões confidenciais (52%); dados bancários e registros de funcionários (45%); propriedade intelectual (43%) e informações de cartões de pagamento (37%), entre outros. Ou seja, dados que são altamente visados pelos cibercriminosos.

Para atender as conformidades do GDPR e evitar que tais dados possam ser vazados, as empresas precisam ter uma estratégia de segurança abrangente, que funcione tanto na estrutura local como na nuvem. É muito importante avaliar quais são as áreas de risco e proteger o dado de forma efetiva, onde quer que ele esteja.

A obrigatoriedade em cumprir regulamentações como essa, na verdade, são excelentes oportunidades para organizar o negócio, olhar para a segurança de forma mais responsável, corrigir o que precisa ser corrigido e aumentar a maturidade da segurança corporativa. O fato é que investir na proteção de dados pode ser uma grande vantagem competitiva atualmente, da mesma forma que falhas na segurança podem causar enormes prejuízos e ainda arruinar a reputação de uma empresa.

Jeferson Propheta, diretor geral da McAfee no Brasil.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.