A espanhola Telefónica, que tinha 9,96% do capital da Portugal Telecom e já era a maior acionista, passou a deter 10,96% dos direitos de voto na companhia, revelou nesta quarta-feira (3/10) o grupo português em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) portuguesa.
O segundo maior acionista da Portugal Telecom é o fundo Brandes Investments Partners, com quase 9%, seguido pelo português grupo Espírito Santo (cerca de 8%). Grande parte do capital da operadora está diluído na bolsa de valores portuguesa.
Em março passado, o presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, havia defendido a separação da Portugal Telecom e a Telefônica no Brasil, depois de a operadora espanhola ter votado ao lado da Sonaecom na assembléia geral de acionistas da PT, que rejeitou alterar o estatuto da companhia em relação ao limite de capital que um investidor pode ter, condição que daria prosseguimento à oferta pública de aquisição apresentada pela Sonaecom.
O governo português também detém ações na Portugal Telecom e conta ainda com o chamado "golden share", que dá ao governo alguns direitos especiais na companhia.
No final de setembro, o banco americano Morgan Stanley também aumentou sua participação na Portugal Telecom para 2%. O banco comprou 8 milhões de ações ordinárias da PT.
Com informações da Agência Lusa.