Teradata cresce com 'explosão' mundial de volume de dados

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A explosão e a complexidade dos dados gerados mundialmente estão impulsionando os negócios mundiais da Teradata, fornecedora de soluções de data warehousing e aplicações analíticas, que deve fechar o ano com receita de US$ 2,3 bilhões, um crescimento da ordem de 18% a 20% em relação ao US$ 1,9 bilhão registrado em 2010. A informação é do executivo-chefe (CEO) da empresa, Mike Koehler, que abriu nesta segunda-feira, 3, a conferência de parceiros de negócios Partners 2011, que reuniu cerca de 3 mil participantes de 53 países, em San Diego, na Califórnia. Na ocasião, a empresa anunciou novos produtos e apresentou sua visão de futuro e estratégia de mercado.

Para atingir esta meta, Koehler explicou que desde a separação (spin-off) da NCR, em janeiro de 2007, a companhia estabeleceu como objetivo se firmar no mercado de consultoria e ampliar o número de clientes, parcerios de negócios e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). "Nos últimos anos, em consultoria tivemos crescimento da receita com consultoria de 63%, de clientes, 39%, de parcerios de negócios, 50%, e dos investimentos em P&D, de 33%. "Conquistamos mais clientes em 2011 do que do em todos os anos anteriores somados", explicou.

Além disso, a empresa investiu no crescimento por meio aquisições, sendo que nos últimos três anos adquiriu cinco empresas: a Claraview, de consultoria; a xkoto, de tecnologia de análise; a Kickfire, de aceleração de desempenho de data warehouse; e a Aprimo, empresa de integração de gerenciamento de marketing.

Sergio Farina, gerente geral da Teradata no Brasil, disse que esse bom momento também se refletiu no mercado local, que cresceu percentualmente acima dos números da matriz, apesar de não revelar dados regionais. Mas confirmou que o Brasil foi escolhido para receber na América Latina a unidade de negócios Aprimo, tendo em vista o potencial que a atividade de marketing tem no país. "Em janeiro devemos ter a estrutura montada, e já estamos contratando profissionais de pré-vendas, vendas e consultoria", enfatizou.

Koehler destacou a complexidade que a tecnologia traz para as empresas, o que nove entre dez usuários considera como negativa. Para resolver esse desafio, ele diz que elas devem buscar a simplicidade, dando como exemplo negativo o caso de um banco com 5 milhões de clientes e 30 diferentes opções de serviços, das quais apenas três ou quatro são utilizadas. Portanto, usar soluções de análise de negócios é importante para mudar essa percepção, enaftiza ele.

Número de petabytes

O volume de dados gerados é outra barreira a ser superada. Koehler revelou que número de petabytes produzidos nos últimos dois anos dobrou. Só os cem maiores clientes da Teradata, por exemplo, geraram 219 petabytes de informações em dezembro do ano passado e 275 petabytes em junho deste ano. Essa quantidade é gerada pelos dispositivos móveis, redes sociais e aplicações em cloud computing, entre outras. Somente o site de leilões e-Bay, um dos clientes da Teradata, registrou mais de US$ 2 bilhões de receita com a venda de produtos por meio de dispositivos móveis, o significou também mais de 2 bilhões de transações, cifra que deve dobrar no ano que vem.

O diretor de tecnologia (CTO) da Teradata, Setphen Brobst, disse que "soluções como mobile commerce, geocontexto, a inversão do business to consumer para consumer to business, estão trazendo uma disruptura no mercado. "A previsão é que em 2013, 33% das funcionalidades de business intelligence serão usadas por dispositivos do tipo hand held." "O mobile é um hub de interação com o consumidor, funcionando 24 horas por dia. O mercado de publicidade no dispositivo móvel vai faturar US$ 558,5 milhões neste ano e saltar para US$ 1,26 bilhão em 2015. As apps também estão trazendo inteligência para o consumidor. As apps são a next generation TV channel", exemplificou Brobst. "Além disso, o dispositivo móvel permite monitorar o negócio, com 'dashboards', mostrando o CPM (Corporate Performance Management), emitindo alertas para saber o que está acontecendo e se tomar ações proativas. O mobile customer experience tem de ter uma visão 360º", acrescenta.

Outro segmento de mercado no qual a empresa esta investindo é chamado de "pervasive BI", em que as informações oriundas de sensores como, por exemplo, uma etiqueta de identificação por radiofrequencia (RFID), permite o que se chama de Active Operations Management. Soluções que podem ser usadas em hospitais para gerenciar medicamentos, manutenção de aviões, aeroportos etc. Brobst diz que um Boeing voando 30 minutos gera 10 terabytes de dados, informação que é usada para se planejar antecipadamente e com precisão a parada para manutenção da aeronave, para que ela fique voando 99,9 % do tempo. “Uma aeronave parada interfere em toda a logística dos aeroportos, gerando um prejuízo enorme para esse mercado multibilionário."

Complexidade dos big datas

Esse cenário é considerado como prioridade pela Teradata, que anunciou vários produtos para atender a demanda, como na versão 14 do seu banco de dados, que será mais "rápido, intuitivo e inteligente" para administrar a complexidade de dados gerados pelos big datas, expandir o portfólio de aplicações, garantir mais performance e segurança. No Brasil, a nova versão estará disponível no início de 2012, mas não exigirá que os clientes troquem de máquina para rodá-la. "Trabalhamos com nossos clientes no longo prazo, fazendo um estudo de capacity planning para os próximos dois a três anos, o que agora estamos revendo com eles, uma vez que a nova geração de máquinas exigira menor área física, trará mais economia de energia e maior capacidade", explicou Brobst.

Nessa linha, a empresa anunciou o Teradata DataWarehous e Applicance 2690, um sistema integrado que permite o dobro de performance de compressão de dados, de forma cinco vezes mais rápida e com os dobro de capacidade do modelo anterior. Está previsto para chegar ao mercado no primeiro trimestre de 2012. A empresa também anunciou um novo padrão para banco de dados, o Columnar Databases, que integra totalmente as informações geradas pelo software por meio da linha de tabelas e por colunas, com velocidade a altas taxas de compressão de dados, tendo em vista oferecer soluções de business analytics para o segmento de big data que gera uma quantidade enorme de dados não estruturados.

*O jornalista viajou a SanDiego a convite da empresa.

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