Big data, cloud computing, mobilidade e redes sociais nortearão TI na próxima década

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Embora não cheguem a ser propriamente uma novidade, as tendências que irão nortear diretamente a forma de consumir e fazer negócios no universo da tecnologia nos próximos dez anos são os big data, computação em nuvem, mobilidade e redes sociais. A análise é de Tom Standage, editor digital da The Economist, apresentada durante o Brasscom Global IT Forum, evento organizado pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação do Brasil (Brasscom) em parceria com a revista britânica, nesta quinta-feira, 3, em São Paulo.

Standage defende que temos que pensar a tecnologia da informação como o impacto da energia elétrica em nossas vidas. Segundo ele, a digitalização somada à internet irá transformar não apenas o trabalho ou a economia, mas todo o nosso estilo de vida. Ele destaca o conceito de big data, que começou a ser traçado nas primeiras discussões sobre economia de informação e agora aparece latente no cotidiano empresarial. "Toda empresa, independentemente de seu porte, se vê gerando muita informação, a ponto de se tornar sem controle", sublinha. Sandage vê neste cenário grandes oportunidades para empresas de TI desenvolverem ferramentas com uso simplificado de gestão de dados. "Precisamos, de uma certa maneira, de um Steve Jobs do big data", brinca, fazendo analogia à simplificação que o ex-CEO da Apple desenvolveu desde a interface até a concepção de seus dispositivos móveis. De acordo com o editor da The Economist, as empresas precisam de uma ferramenta que permita seu uso sem a necessidade de longos e exaustivos treinamentos.

A computação em nuvem é outra tendência apontada por ele, até por estar ligada à administração e armazenamento de dados. Para Standage, o grande desafio é contornar vulnerabilidades de segurança em ambientes públicos ou privados criados na nuvem. Nisso, a chamada consumerização de TI [o uso de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, e de redes sociais no ambiente corporativo] pode atuar como facilitador, segundo ele. O jornalista cita o iCloud, da Apple, e os serviços de armazenamento em nuvem da Amazon. "O que essas empresas estão proporcionando aos usuários pode ser uma forma das pessoas aumentarem cada vez mais seu uso e promover uma demanda por serviços de segurança mais abrangentes", completa.

A consumerização, segundo Standage, puxa os investimentos em outra tendência de TI – a mobilidade. "Vemos tablets como 'brinquedinhos', não damos muita importância. Mas é assim que os primeiros computadores Macintosh eram vistos, e vejam só quantas aplicações não foram desenvolvidas e o que eles se tornaram", provoca. Ele ressalta que, embora cada vez mais pessoas levem seus smartphones e tablets para uso no trabalho, as empresas ainda não dão a devida atenção para os dispositivos. Ele diz que mercado ainda tem muito a ser desenvolvido.

Mesmo já estando bastante consolidadas, Standage coloca as redes sociais como tendência. Ele ressalta a imensa inclusão digital que o Facebook promoveu, ressaltando novamente a simplificação da interface e do compartilhamento de conteúdo, um engajamento no qual os departamentos de TI dedicam muito tempo sem sucesso. "As lideranças se preocupam apenas com o tempo que seus funcionários passam nas redes e consideram que não estão trabalhando", critica. Ele alfineta os executivos que veem nas ferramentas apenas uma maneira de fazer marketing ou comunicação, enquanto deveriam ser exploradas internamente no que fazem melhor – captar a atenção das pessoas.

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