Rede D'Or São Luiz implanta nuvem privada para 26 hospitais

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Em busca de agilidade e redução de custos, a Rede D'Or São Luiz, que conta com 26 hospitais, unificou as operações de suas instituições em uma nuvem privada para processamento e armazenamento de informações. O diretor de TI da Rede D'Or, Marlon Oliveira, explica que a empresa cresce por meio de fusões e aquisições. Uma estratégia que diversificou a base de TI da corporação, porque cada unidade tinha um padrão individual de TI e uma equipe de suporte.

De acordo com Oliveira, o maior prejuízo dessa diversidade era a produtividade, por exemplo da equipe técnica. "Não era possível manter uma equipe de mesmo nível técnico de qualidade em cada hospital, principalmente naqueles menores, que dependiam muitas vezes de acesso remoto à base de informações", explica. "Nem sempre o profissional de TI estava disponível para atender a essa demanda, porque estava cuidando de outra infraestrutura mais complexa, deixando os hospitais pequenos em segundo plano em relação aos atendimentos mais urgentes ou até alguma atualização de versão", informa.

Entre os problemas enfrentados pela equipe de TI da Rede D'Or, o diretor de TI lista a manutenção dos ambientes, tanto em nível de banco de dados, quanto de atualização de versão de software. Um dos casos, segundo Oliveira, é a atualização do software de gestão hospitalar com vários anos de uso pela rede Rede D'Or São Luiz, nas cidades Rio de Janeiro e Recife, e sem assistência para os upgrades necessários.

Implantação da nuvem

Para alterar esse quadro, Oliveira explica que em abril do ano passado iniciou-se o movimento de consolidação da estrutura existente, com a implementação de uma nuvem privada para atender a toda a estrutura dos hospitais. Oriundo do mercado financeiro, no qual a centralização de operações é uma prática comum, o diretor de TI, informa que a decisão foi baseada em modelos adotados por grandes redes hospitalares fora do Brasil.

Para sugerir o projeto, a equipe de TI da corporação analisou o histórico de investimento, a previsão de custos futuros e a mão de obra que seria demandada para a operação. O estudo também contou com sugestões de alguns players de mercado, de acordo com Oliveira. O passo seguinte envolveu consulta a IBM, Dell e Cisco para dimensionar a capacidade e o custo dos servidores.

Com investimento de R$ 7 milhões que, segundo Oliveira, "se paga facilmente em cinco anos", o novo data center da Rede D'Or começou a ser implantado há um ano (em outubro de 2011) e hoje atende a 18 hospitais. A previsão de Oliveira é concluir a migração das 26 unidades hospitalares do Grupo ao longo de 2013. "O processo envolve a operação do hospital, uma infraestrutura local também – para poder rodar as aplicações remotamente , é uma transformação grande de infraestrutura que acaba afetando a rotina da unidade", explica.

Oliveira argumenta que a conquista do retorno do investimento deve se dar justamente com redução de custos relacionados à manutenção dos ambientes e com a equipe envolvida nesse processo. "Sem essa solução, investiríamos mais de R$ 24 milhões em cinco anos, contra os atuais R$ 17 milhões previstos para serem aplicados nesse período", detalha.

Resultados

Como resultado do projeto, Oliveira informa que os hospitais, hoje, não se preocupam se o banco de dados está sendo atualizado, se tem uma versão nova do setor operacional para ser implementada. "Todos os cuidados e equipe necessária para que o sistema que suporta a operação do hospital esteja rodando passam a ser centralizados", destaca Oliveira. O novo processo, segundo ele, é feito de maneira quase que transparente aos hospitais, e atualização ocorre de forma uniforme, planejada e concisa. "Isso é homologado pelas unidades. Nesse modelo que entramos, o hospital é um usuário de tecnologia", declara. "A gente está caminhando muito para um sistema que a pessoa simplesmente tem acesso a um serviço que é prestado em relação ao sistema de operação local", explica.

Além da facilidade gerada pela solução e a redução de custos, o gestor de TI lista como vantagem do projeto o nível de qualidade de atendimento dessa estrutura, a começar pelo índice de inoperância do sistema, muito mais alto no passado do que atualmente.

O sistema atende a cerca de 6 mil colaboradores da Rede, número que chegará a 10 mil quando a implementação for concluída. Com isso, os planos da área de TI da Rede D'Or se intensificam e, apesar de não poder comentar com detalhes, Oliveira conta que o Grupo planeja uma série de iniciativas voltadas para o atendimento do paciente, estando entre as prioridades de 2013 novos aplicativos para a equipe médica, e serviços para pacientes e operadoras.

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