Ericsson confirma corte de 3 mil empregados na Suécia e de cerca de 900 postos de trabalho no exterior

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A fabricante sueca de equipamentos de telecomunicações Ericsson confirmou nesta terça-feira, 4, que irá cortar um quinto sua força de trabalho, o que representa a demissão de cerca de 3 mil empregados. O cortes ocorrerão basicamente nas unidades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e vendas na Suécia. Mais de 900 postos também serão cortados fora da Suécia. A Ericsson emprega 16 mil trabalhadores no país.

Entre os motivos dos cortes, a empresa alega a intensificação da concorrência de rivais como Nokia e Huawei em seu mercado interno, segundo comunicado ao Financial Times. Recentemente, a Ericsson demitiu o CEO Hans Vestberg.

Ao todo até agora, a Ericsson já cortou 30 mil empregos como parte de uma reestruturação iniciada pelo então CEO em 2014, embora ainda empregue 115 mil pessoas em todo o mundo. A empresa tem estado sob pressão de seus maiores acionistas — a Investor, da família Wallenberg, e a Industrivarden — para cortar custos e melhorar o seu desempenho.

A fabricante de equipamentos de telecomunicações Scandinavian rival da Nokia, que completou sua fusão com a Alcatel neste ano, já reduziu drasticamente suas operações no mercado doméstico, com a demissão de 1,3 mil empregados no ano passado. Em maio, a Microsoft desferiu um novo golpe no setor de tecnologia finlandês, quando cortou mais 1.350 postos de trabalho da fabrica de smartphones adquirida da Nokia.

Os cortes na Ericsson são fruto também da desaceleração dos investimentos das operadoras de telefonia móvel na Europa, principal mercado da Ericsson. Enquanto isso, os investimentos em redes de telecomunicações em mercados como Rússia, Brasil e Oriente Médio.

O atual CEO, Jan Frykhammar, disse que os cortes de empregos "são necessários para "competitividade da Ericsson no longo prazo". Ele disse que a empresa também poderá abrir mais mil postos na área de pesquisa ao longo do tempo para aumentar seus conhecimentos em novas tecnologias. Frykhammar estabeleceu três centros globais de pesquisa, como parte do programa de investimento SKr7bn criado nos últimos anos.

Ericsson emprega 16.000 trabalhadores no país, o que significa que os 3.000 cortes de empregos representam quase um quinto da força de trabalho.

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