Resolução da ONU atrapalha desenvolvimento de supercomputador, diz secretário

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O secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro, Alexandre Cardoso, acha que o governo brasileiro deveria rever seu apoio à Resolução 1.540 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Segundo ele, a resolução, que trata de evitar a produção de armas nucleares, químicas e biológicas, impede o Brasil de fabricar supercomputadores.

A matéria teria sido adicionada à resolução da ONU que proibiu a comercialização na área nuclear e de agentes químicos que pudessem ser usados para fins bélicos. Para Cardoso, no entanto, ?a tecnologia não pode ter esse tipo de controle? porque isso ?tira a independência dos países emergentes de construir os seus avanços tecnológicos fundamentais para inclusão nas chamadas potências do primeiro mundo?.

Cardoso explicou que a medida afeta a fabricação de computadores de todos os portes, uma vez que, dependendo da capacidade do equipamento, o país fica submetido a essa resolução da ONU. O secretário destacou que a decisão foi tomada por pressão dos Estados Unidos e de todos os países que detêm esse domínio. Por essa razão, Cardoso entende que "o Brasil não pode continuar a apoiar uma resolução dessa natureza".

Nos próximos dias 15 e 16 deste mês, em Brasília, será realizado o encontro dos secretários estaduais de Ciência e Tecnologia. Cardoso revelou que durante a reunião será apresentada a proposta de levar o assunto ao Ministério das Relações Exteriores para que o Brasil possa abrir o debate sobre a Resolução 1.540 da ONU. Ele assegurou que o movimento é apoiado pela comunidade científica nacional. ?Ninguém que pensa em ciência e tecnologia pode concordar que um país como o nosso tem de passar pelo crivo de outras potências na questão do avanço da própria ciência e tecnologia?.

O secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Augusto Gadelha, não quis se pronunciar sobre a idéia antes de falar pessoalmente com Cardoso. Por intermédio da assessoria de imprensa, ele informou, entretanto, que a posição do ministério não é contrária à construção de supercomputadores pelo Brasil.

Com informações da Agência Brasil.

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