Visum dribla a crise e aumenta faturamento em 50% em 2008

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Mesmo com a crise financeira, a Visum Sistemas Eletrônicos, empresa que atua na terceirização de montagem de placas e produtos eletrônicos, prevê obter desempenho positivo neste ano e crescer 153%, faturando R$ 400 milhões. No ano passado, a empresa faturou R$ 158 milhões, uma alta de 50% em relação ao ano anterior.
De acordo com André Lissner, diretor administrativo-financeiro da Visum, a empresa sentiu a crise financeira, mas mesmo assim conseguiu registrar um resultado positivo. "Se não fosse a crise, teríamos conquistado um desempenho melhor ainda. Nossa meta era faturar cerca de R$ 270 milhões no ano passado, ou seja, deixamos de ganhar cerca de R$ 100 milhões", calcula o executivo.
Para este ano, a empresa procurou se adaptar ao atual cenário econômico e reduziu a margem de lucro para gerar vendas em alta escala e compensar a flutuação cambial e desvalorização do real frente ao dólar. E a medida já vem dando resultado, segundo Lissner. Após um desempenho tímido em janeiro, quando cresceu apenas 5% na comparação com o mesmo período do ano passado, em fevereiro a Visum já registrou um aumento expressivo nas suas vendas, de 62% ante o mesmo mês de 2008.
"Em março também teremos um resultado bastante positivo, com alta de dois dígitos", frisa o executivo, ressaltando que o segredo da Visum para superar a crise é a flexibilidade para se ajustar às necessidades dos clientes e a diversificação de mercado. Segundo Lissner, a flexibilidade está no fato da empresa estar sempre poder construir ou expandir fábricas de acordo com a demanda dos clientes, desde que os contratos sejam vantajosos. Ele garante que o tempo para fazer essas mudanças é rápido, já que a empresa está estruturada para isso.
Apenas no ano passado, a Visum, que atualmente conta com cinco plantas industriais, construiu uma nova fábrica e expandiu outras duas para atender a demanda de seus clientes, com um investimento total de cerca de R$ 5 milhões.
Para este ano, Lissner prevê a construção de novas fábricas, mais uma vez colocando sua flexibilidade em jogo para garantir novos contratos. "Já estamos em fase final de fechamento de contratos com novos clientes, e naturalmente teremos de adaptar as nossas estruturas, inclusive com a provável construção de novas fábricas. Pode ser mais de uma ou duas, mas isso vai depender da demanda", ressalta.
Já em relação à diversificação dos segmentos de atuação, o executivo observa que, por atuar com clientes de diversos setores, a empresa consegue manter um equilíbrio nos negócios e ficar menos exposta aos efeitos da crise. "A diversificação de mercado é fundamental e nos permite equilibrar o crescimento, já que a alta em um compensa a queda em outro", comenta.
A virada da empresa, segundo Lissner, ocorreu em julho do ano passado, quando recebeu um aporte de capital do fundo de private equity GG Investimentos, que se tornou acionista da Visum. Sem mencionar a quantia investida nem a participação do fundo na empresa, ele afirma que o grupo, além do investimento, colaborou com um grande know-how na parte administrativa, principalmente em relação ao capital de giro, um dos pontos cruciais para que a empresa pudesse garantir sua flexibilidade e desempenho operacional.

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