Programa de desenvolvimento de startups BNDES Garagem seleciona aceleradora

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta quinta-feira, 5, versão-piloto do BNDES Garagem, Programa de Desenvolvimento de Startups que será executado, nessa fase inicial, em conjunto com aceleradora de startups, individualmente ou por meio de consórcio, selecionada via edital de Chamada Pública. Em espaço provisório, o programa entrará em operação já em novembro desse ano. O objetivo final da iniciativa é a estruturação do "BNDES Garagem", um centro de empreendedorismo e inovação a ser instalado no Rio de Janeiro.

O anúncio foi feito pelo presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, e pelos diretores Eliane Lustosa (Mercado de Capitais) e Ricardo Ramos (Transformação Estratégica e Digital), em entrevista na representação do Banco em Brasília (foto). Segundo Dyogo, o ecossistema de inovação nacional tem muito espaço a melhorar, e o BNDES pode alavancar esse desenvolvimento, cumprindo sua missão estratégica de fomentar a inovação e o empreendedorismo: "O piloto do BNDES Garagem dá o primeiro passo para uma nova forma de atuação do Banco, com a criação de um ambiente mais propício à geração e ao crescimento das startups brasileiras", ressaltou.

Chamada de aceleradoras

O edital de Chamada Pública para convidar aceleradoras de startups a apresentarem propostas será lançado nesta sexta-feira, 6. Nessa 1ª fase, o programa terá orçamento de R$ 10 milhões e prazo de duração de 12 meses (podendo ser renovado por igual período, por meio de nova Chamada Pública). Para participar do certame, as interessadas deverão formalizar consulta prévia e encaminhar suas propostas ao BNDES até o dia 31 de julho. O valor apresentado nas propostas deverá ser suficiente para cobrir toda a estrutura de custos, incluindo a gestão e realização do programa, que deverá ser realizado em ambiente externo ao BNDES, em um espaço de coworking no Rio de Janeiro.

O piloto do BNDES Garagem terá duas atividades principais: a criação e a aceleração de startups. Para tanto, a aceleradora escolhida por meio da Chamada Pública, em conjunto com o BNDES, deverá realizar a seleção de 60 startups inovadoras em novembro de 2018 para participar gratuitamente do programa. A iniciativa prevê ainda que outras 60 startups sejam selecionadas em setembro de 2019. Terão prioridade aquelas que apresentem soluções em áreas afins ao Planejamento Estratégico do BNDES: Educação, Saúde, Segurança, Soluções Financeiras, Economia Criativa, Meio Ambiente, tecnologia Blockchain e Internet das Coisas (aplicada a Cidades Inteligentes, Rural e Indústria).

Cultura empreendedora

A expectativa é que o BNDES Garagem se estabeleça como um espaço de inovação e geração de novos negócios, capaz de conectar diferentes atores do ecossistema de inovação, como universidades, empresas, startups em diferentes estágios de maturidade, investidores e poder público. Também oferecerá, às empresas ali instaladas, ampla variedade de serviços compartilhados de qualidade e menor custo, como marketing digital, tecnologia, assistência jurídica, contábil e assessoria de imprensa, além de espaços para eventos, workshops, treinamentos e alimentação.

Pioneira no Brasil, a iniciativa busca preencher lacunas em desenvolvimento de cultura empreendedora, infraestrutura de inovação e criação e difusão de conhecimento. Para isso, reunirá, no mesmo espaço, programas de criação de startups, programas de aceleração de negócios inovadores, espaço de coworking para startups maduras com alto potencial de crescimento, laboratórios de inovação, universidades e escolas negócio, gestores de fundos de investimento, bigtechs e fablabs, tal como ocorre no Station F, maior campus de startups do mundo, localizado na França.

Neutralidade

Como instituição de desenvolvimento, o BNDES atuará como parceiro de longo prazo e interconector independente no projeto. A ideia é que esse potencial de neutralidade, que se traduz na legitimidade do Banco na atuação agregadora nesse ecossistema, favoreça a reunião de diferentes atores em busca de soluções inovadoras, que poderão se conectar à plataforma de clientes, empresas investidas e investidores ligados ao Banco. O espaço também preencherá uma lacuna regional no ecossistema de inovação do Rio de Janeiro, cidade que, embora concentre universidades e amplo capital intelectual, tem dificuldades em desenvolver seu potencial empreendedor.

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