Telefonia IP movimentará US$ 1,2 bilhão em 2012, prevê estudo

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Após um período de análise e conhecimento de novas tecnologias, o mercado de comunicação empresarial amadureceu e as companhias estão percebendo os reais benefícios da telefonia IP, além da redução de custo. É o que revela uma pesquisa da Frost & Sullivan, empresa de consultoria e inteligência de mercado, sobre o setor de telefonia empresarial na América Latina. De acordo com o estudo, o segmento obteve receita mundial de US$ 621 milhões em 2006 e deve atingir ganhos de US$ 1,198 bilhão em 2012.

"Esse crescimento se deve principalmente à adoção de soluções IP híbridas, ou seja, soluções IP que interoperam com a infra-estrutura legada", diz Iacy Saraiva, analista de pesquisas da Frost & Sullivan. Segundo ela, a tecnologia IP foi, por um bom tempo, taxada de não ser confiável, escalável e segura. No entanto, esse cenário está mudando rapidamente e os fornecedores vêem um grande potencial na região. "A convergência entre voz e dados continuará a impulsionar o mercado, pois representa redução de custo com gerenciamento de dados e também gastos menores com chamadas de longa distância", revela Iacy.

Contudo, o alto volume de sistemas convergentes e o grande número de linhas tradicionais instaladas todos os anos mostram que um telefone IP não é a primeira opção de tecnologia do usuário. Cerca de 85% da base instalada na América Latina é TDM, o que prova que o setor ainda não está pronto para uma migração completa. "Assim como a migração dos terminais analógicos para digital, a adoção de telefonia IP será gradual, principalmente porque as empresas da região fizeram altos investimentos em terminais digitais e ainda esperam pelo fim do ciclo de depreciação. Por isso, as soluções híbridas têm um forte apelo na América Latina, pois se integram com o legado", conta Iacy.

O crescimento desse mercado também está relacionado à estabilidade política e econômica da região, que possibilitou uma maior capacidade de investimentos das empresas e as incentivou a focar em novas tecnologias. "Podemos citar ainda o fato de que essas soluções podem ser desenvolvidas gradualmente, permitindo que as companhias protejam investimentos feitos no passado. Dessa forma, elas começam a migração para IP em áreas críticas e depois expandem a adoção para outros setores", finaliza a analista.

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