Déficit comercial do setor eletroeletrônico registra ligeira alta de 0,7%

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O déficit da balança comercial de produtos eletroeletrônicos fechou em ligeira alta nos primeiros dez meses do ano. No acumulado de janeiro a outubro, a cifra atingiu US$ 27,76 bilhões, o que representa um aumento de 0,7% em relação ao registrado em igual período do ano passado, quando totalizou US$ 27,56 bilhões. Com o crescimento das importações de 12,3% verificado em outubro, o saldo negativo acumulado nos primeiros dez meses deste ano ficou novamente acima do atingido no mesmo período de 2011, situação observada em todos os meses deste ano até julho, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), divulgado nesta quinta-feira, 6.

No acumulado de janeiro a outubro de 2012 as importações de produtos do setor somaram US$ 34,2 bilhões, 0,3% inferiores às ocorridas em igual período do ano anterior, quando totalizaram US$ 34,3 bilhões. As maiores quedas foram das áreas de GTD (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica), que apresentou recuo 20,5%, e de telecomunicações (-19,4%). No primeiro caso, observa-se a queda de 51% nas importações de grupo motogeradores (US$ 356 milhões) e, em telecomunicações, a redução de 57% de telefones celulares. Por outro lado, as importações de componentes elétricos e eletrônicos (+4,1%) foram as que apontaram a maior taxa de crescimento e também o maior montante importado (US$ 19,2 bilhões), representando 56% do total (US$ 34,2 bilhões).

Já as exportações somaram US$ 6,48 bilhões e também registraram queda, de 4,4%, na comparação com igual período do ano passado. Somente em outubro, as exportações totalizaram US$ 661 milhões, 12,1% inferiores às registradas no mesmo mês de 2011. Em telecomunicações, houve uma forte retração nas vendas externas de telefones celulares, que caíram pela metade, passando de US$ 50 milhões para US$ 25 milhões, entre outubro de 2011 e o mesmo mês neste ano. As exportações de equipamentos industriais também caíram (-31,5%), resultado que sofreu forte influência da redução de 93% nas vendas externas de aparelhos para filtrar ou depurar líquidos. Por outro lado, GTD foi a área que indicou a maior taxa de incremento (+23,0%), com destaque para as torres (+368%), cabos (+109%) e geradores (+57%), entre outros.

Em relação ao mês imediatamente anterior, as exportações cresceram 0,2%. O incremento nas vendas de bens de automação industrial (+27,8%), GTD (+20,0%), utilidades domésticas (+13,5%), material elétrico de instalação (+12,9%) e telecomunicações (+8,7%) não foi suficiente para alcançar um resultado mais favorável para o total do setor devido à queda de 8,9% nas vendas externas de componentes elétricos e eletrônicos (US$ 291,4 milhões).
Neste último caso, observou-se a retração de 51% nas exportações de componentes para equipamentos industriais, que recuaram de US$ 110 milhões, em setembro de 2012, para US$ 54 milhões, em outubro de 2012.

Crescimento das importações

Após quatro meses apresentando resultados inferiores aos atingidos em iguais períodos do ano passado, as importações do setor, em outubro, voltaram a apontar crescimento e totalizaram US$ 3,86 bilhões, 12,3% acima das ocorridas em outubro de 2011, quando somaram US$ 3,44 bilhões.

Com exceção de materiais elétrico de instalação (-4,5%) e telecomunicações (-18,3%), as importações das demais áreas cresceram, com taxas que variaram entre +3,2% (informática) e +28,6% (equipamentos industriais). No caso das  importações de bens de GTD, a alta foi de 27,1%, devido, principalmente, aos aumentos das compras externas de grupo motogeradores (+226%), paineis e quadros (+171%) e torres (+122%).

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