Santander adquire GetNet e entra na briga do mercado de cartões com Cielo e Redecard

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O Santander Brasil anunciou nesta segunda-feira, 7, acordo para compra da GetNet, por R$ 1,1 bilhão, o que o coloca na briga direta com as processadoras de cartões de crédito e débito Cielo, controlada pelo Bradesco e o Banco do Brasil, e a Redecard (rebatiza de Rede), vinculada ao Itaú Unibanco. A transação será concretizada por meio do pagamento, em dinheiro, de R$ 1,02 bilhão, na data do fechamento da operação, e R$ 84 milhões em cinco parcelas anuais.

Após a conclusão do negócio, as operações da empresa serão agrupadas sob o comando da Santander GetNet Serviços. O Santander Brasil e a GetNet já mantinham desde 2010 a joint venture Santander GetNet Servicos para Meios de Pagamento (SGS), em partes iguais, para o desenvolvimento das atividades de adquirência e processamento de cartões. Com o acordo anunciado nesta segunda-feira, a joint venture deixa de existir e terá como composição acionária 88,5% de participação do Santander Brasil e 11,5% em nome dos ex-controladores da GetNet.

Em comunicado, o banco de origem espanhola diz que, além de produtos da área de adquirência e processamento de transações e captura, a nova companhia terá outros tipos de produtos e serviços, como recarga de telefonia celular, bilhetagem e correspondente bancário.

A GetNet registrou no ano passado mais de 500 milhões de transações no valor de R$ 42 bilhões, encerrando o ano com participação de mercado de cerca de 6% em termos de faturamento. Já a Cielo, que é líder no setor, registrou 4,9 bilhões de operações em 2013, no valor de R$ 448,7 bilhões.

A expectativa é que os números da GetNet possam ser incorporados ao balanço do Santander Brasil entre o quarto trimestre deste ano e o primeiro trimestre de 2015, disse o vice-presidente de desenvolvimento de novos negócios do Santander Brasil, Pedro Coutinho, em teleconferência a jornalistas.

O negócio ainda precisa da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Banco Central do Brasil, sendo que antes de sua conclusão, ainda será feita uma reestruturação societária na joint venture SGS. Para isso, está previsto um aumento de capital na SGS no valor correspondente ao preço de aquisição da Getnet, totalmente subscrito e integralizado pelo Santander Brasil.

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