Maioria das empresas brasileiras está despreparada para os desafios de TI

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Quase 90% das empresas brasileiras acreditam que acompanhar as inovações da tecnologia da informação nos próximos três anos será um desafio. Ainda assim, 65% se dizem capacitadas atualmente a atender as prioridades de negócios, embora 73% dos executivos de TI apontem como maior barreira para lidar com essas necessidades a cultura corporativa. Os dados são de estudo da EMC, fornecedora de soluções de armazenamento e gerenciamento da informação, realizado com 113 executivos, administradores e profissionais de TI no Brasil.

Apoiada em três pilares — qualificações, conhecimento e cultura, transformação da TI e big data —, a pesquisa apontou que o orçamento ainda é o principal fator que direciona as decisões em TI para 45% dos entrevistados. Outros 33% apontam a inovação, enquanto 32% mencionam os processos de negócio e apenas 18% citam a experiência do cliente como principal fator de decisão dentro da empresa.

O estudo constatou que uso de tecnologias está bem difundido dentro das corporações brasileiras, ainda que em estágio inicial. De todo modo, 45% das empresas dizem ter virtualizado aplicações essenciais, 25% declaram usar nuvem privada, 20% delas afirmam utilizar nuvem pública, 20% revelam ter adotado nuvem híbrida (pública e privada) e 17% garantem possuir data center definido por software.

No tocante ao big data, 56% dos entrevistados consideram o uso de técnicas para análise de grandes volumes de dados importante, mas metade desse percentual acredita não ter capacidade de recuperar dados em caso de perda, sendo que ampla maioria (93%) admite que suas decisões poderiam ser aprimoradas com melhor uso de big data.

O presidente da EMC Brasil, Carlos Cunha, diz que oito em cada dez empresas são conscientes que o investimento em tecnologia é uma forma estratégica para atingir seus objetivos, o que mostra que a adoção mais lenta do mercado brasileiro a determinadas ferramentas ainda é uma questão educacional e de capacitação. "É importante ver que os profissionais admitirem que a cultura da empresa é um empecilho para o avanço dessas tecnologias internamente. Cabe também ao gerente de TI conscientizar o seu chefe, o CIO, sobre isso", destaca.

Imagem da TI

Para o presidente da divisão de armazenamento corporativo da EMC, Brian Gallagher, o maior desafio da TI atualmente é a aceitação das pessoas, que reagem de formas diferentes às inovações pelas quais o setor vem passando. As recentes denúncias de programas de espionagem dos Estados Unidos, que abalaram a confiança de empresas e usuários de serviços em relação a privacidade de dados, coloca novos desafios à TI. Estudo recente do instituto de pesquisa Information Technology and Innovation Foundation (ITIF) revela que a indústria de computação em nuvem nos Estados Unidos pode perder até US$ 35 bilhões em receita nos próximos três anos por conta das preocupações acerca desses programas, enquanto muitos países, inclusive o Brasil, debatem sobre a segurança em armazenar dados em data centers localizados fora de seu país de origem.

Ainda assim, Gallagher é confiante quanto ao avanço das tecnologias de virtualização e big data, e acredita que as inovações com análises de dados, principalmente, ainda podem resolver muitos problemas e ajudar no avanço do desenvolvimento de empresas. "Claro que teremos a má utilização dessas ferramentas, mas os benefícios para o mercado são muito grandes", reitera.

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