Estados Unidos reveem regras de segurança para sites do governo

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O governo Barack Obama solicitou nesta sexta-feira, 7, a substituição das regras atuais de segurança de computadores oficiais, classificados pelo The New York Times como “uma colcha de retalhos” de centenas de milhares de documentos,  que levaram ao vazamento de informações confidenciais ao WikiLeaks no ano passado. A ordem de Obama implica na revisão de políticas e procedimentos de segurança nos próximos sete meses, envolvendo desde a classificação de informação até recomendações de como reduzir o risco de brechas.

As diretrizes seguem correções como as realizadas nos sites do Pentágono, Departamento de Estado e a da Agência Central de Inteligência (CIA), após terem informações vazadas para o Wikileaks, em novembro do ano passado. Entre as medidas está, por exemplo, a que determinou que as organizações militares desativassem 87% de seus computadores para evitar que pessoas realizassem download para pendrives, CDs ou DVDs. O Pentágono também desenvolveu novos procedimentos de monitoramento e detecção de comportamentos suspeitos em sistemas de computadores. O Departamento de Estado, por sua vez, parou de distribuir “cabos diplomáticos” em um sistema de classificação de e-mails utilizado por muitos militares, entre eles, Bradley E. Manning, acusado de vazar alguns dos documentos divulgados pelo Wikileaks.

Analistas de segurança ouvidos pelo The New York Times criticaram as medidas, assim como outras diretrizes definidas para trazer consistência e credibilidade às políticas de distribuição de informação, por estarem “atrasadas e bem atrás de iniciativas de rotina do setor privado”.

Somada à revisão das medidas de segurança, Obama ordenou a criação de uma força-tarefa liderada pelo procurador-geral e o diretor de inteligência nacional dos Estados Unidos para combater ameaças de segurança virtual vinda dos próprios funcionários federais, o que a Casa Branca denominou “ameaça interna”. O governo formou um comitê especial que deve entregar um relatório em 90 dias, e depois uma vez ao ano, avaliando sucessos e fracassos na proteção de informações confidenciais em redes do governo. “À medida que a tecnologia muda, esperamos estar à frente dela, vendo para onde está indo para sermos capazes de responder antes mesmo que seja necessário”, afirmou Patrick F. Kennedy, subsecretário de gestão no Departamento de Estado.

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