A Vivo registrou lucro líquido consolidado de R$ 16,3 milhões em 2006, revertendo o prejuízo de R$ 594 milhões contabilizado no ano anterior. No entanto, o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) foi de R$ 2,59 bilhões no ano passado, o que representou uma queda de 14,1% frente a 2005. A margem Ebitda recuou 3,2 pontos percentuais, situando-se em 23,7%. Os custos e despesas operacionais cresceram 1,3%, totalizando R$ 8,34 bilhões.
O relatório que acompanha o balanço aponta a conclusão do processo de reestruturação societária, ocorrida em outubro do ano passado, que culminou na integração duas companhias que formam a joint venture entre a Portugal Telecom em uma única operadora e uma holding para todos os mercados onde a Vivo atua, como outro fator determinante para o desempenho da companhia.
A empresa encerrou o exercício com dívida líquida de R$ 3,55 bilhões, uma queda de 14,5% sobre dezembro de 2005. Segundo a companhia, o endividamento foi compensado pelos recursos disponíveis em caixa e aplicações financeiras, de R$ 1,44 bilhão, e pelos ativos e passivos de derivativos, de R$ 55,5 milhões a pagar.
A receita líquida com serviços aumentou 7,3% no quarto trimestre de 2006 e refletiu positivamente no aumento de 4% na receita líquida total no período na comparação com o trimestre anterior. O montante alcançado pela companhia no último trimestre do ano foi R$ 2,94 bilhões.
A Vivo obteve também um incremento de 27% na receita de WAP (acesso a internet) na comparação ano a ano. A participação do serviço de banda larga móvel e placas de conexão PCMCIA, como por smartphones ou telefones celulares, representou 34% do total das receitas de dados, contra 17% no mesmo período do ano anterior. O número de usuários do Vivo WAP superou a marca de 2,5 milhões. O comunicado destacou, porém, que o número de clientes da operadora diminuiu de 29,8 milhões em 2005 para 29,05 milhões em 2006.
De acordo com o presidente da companhia, Roberto Lima, os números atestam a eficácia das ações realizadas nos últimos 18 meses. ?Temos consciência de que há muito ainda a ser feito, mas estamos na rota certa." Para Lima, a Vivo tornou-se "uma companhia totalmente alinhada em termos de eficiência e compromisso com os clientes, na qual os processos administrativos são simplificados visando à melhor gestão de recursos".