Televisão e acesso a e-mail via celular estão entre os serviços favoritos dos usuários da telefonia móvel, segundo estudo realizado pela Siemens. A pesquisa, conduzida no Brasil, Canadá, China, Alemanha, Itália, Coréia, Rússia e Estados Unidos, também apontou que os brasileiros preferem músicas e e-mail pelo aparelho celular.
O estudo foi realizado com mais de 5,3 mil usuários de celular, corporativos e residenciais, e teve como objetivo identificar as expectativas dos usuários em relação às novidades em aplicações sem fio. A pesquisa ressalta que 81% dos brasileiros se mostraram interessados em adotar novas aplicações como o mobile e-mail e mobile music, e estariam dispostos a pagar até 8% a mais em sua fatura de telefone pelos serviços de valor agregado analisados.
Os potenciais usuários de mobile e-mail, na sua maioria, são corporativos (90% dos participantes da pesquisa apontam interesse). Entre os entrevistados, 75% prevêem o uso diário dessa aplicação, mas ao contrário de outros países, não preferem um modo de tarifação específico. Já o mobile music é considerado um atrativo para 81% dos usuários, dos quais com maior interesse está entre os com idade entre 16 e 25 anos (90%) e 82% entre 26 e 45 (82%). Os usuários com interesse em download de músicas prevêem um uso freqüente, sendo que 43% fariam o download das melodias semanalmente e 38% diariamente.
Em terceiro lugar na preferência, com 74%, está a aplicação enriched voice call, ou chamadas de voz avançadas, que permite serviços adicionais enquanto o usuário fala ao telefone como, por exemplo, vídeo-telefonia e envio simultâneo de conteúdos. A mobile TV apresenta uma perspectiva de adesão de 73%. O interesse é ainda maior pelo streaming de vídeo, com acesso a canais de TV, por exemplo (97% dos interessados em mobile TV), que pelo download de vídeos (84% dos interessados). Quanto ao mobile streaming, 72% utilizaria o serviço diariamente, mas não especificam claramente como preferem ser cobrados .
Mais de dois terços dos entrevistados usariam o file sharing, (compartilhamento de dados) via celular (70%), sendo que a faixa etária de maior interesse varia de 16 a 45 anos (75% interessados). Os usuários corporativos vêem maior benefício na aplicação (82% interessados). A group communication, ou comunicação em grupo, possibilitando conferências entre usuários, obteve a mesma aceitação, em torno de 70%, sendo que a metade pretende utilizá-lo diariamente.
Já o mobile gaming, os jogos, são apontados como os mais atraentes por dois terços dos entrevistados (53% já utilizam, enquanto 67% manifestam interesse). Oitenta por cento, entre homens e mulheres, com idade entre 16 a 25 anos, usariam em um futuro próximo. Quase dois terços acessariam diariamente (63%) e 55% gostariam de pagar pelo serviço de acordo com o uso.
Metade dos 515 brasileiros que participaram da pesquisa foi entrevistada por telefone; a outra parte, por meio de questionário on-line. Desse universo de pessoas, pesquisadas nas quatro principais capitais do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre), 14% pertenciam à classe A, 35% B, 37% C e 14% D.
O estudo conclui que o usuário no Brasil, em comparação ao de outros países, tem interesse acima da média por todas as aplicações indicadas, porém a utilização dos serviços em larga escala é afetada por restrições econômicas. Entretanto, a oferta de um modelo de tarifação adequada tem grande potencial de sucesso.
Os brasileiros também estariam dispostos a pagar até 8% a mais em suas contas telefônicas pelos serviços apresentados, mas consideram muito importante ter funções de tarifação que possam ajudá-los a controlar os custos, como aviso de cobrança, supervisor de limite, entre outras.
