Brasil e América Latina voltam ao foco de atenção da Qualcomm

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Com o mercado de 3G ainda em desenvolvimento, a região da América Latina, em especial o Brasil, promete ser uma boa oportunidade de crescimento para a Qualcomm, empresa norte-americana reconhecida pelo desenvolvimento de chipsets para dispositivos móveis.

Há apenas um mês à frente da empresa na região, o novo vice-presidente sênior e presidente da Qualcomm América Latina, Rafael Steinhauser, afirma que a América Latina concentra 10% da população mundial, corresponde a 8% do PIB global e está em um bom momento para massificação de 3G. “No Brasil, apenas 1 em cada 5 novos telefones vendidos são 3G, e isso representa uma grande oportunidade de crescimento para nós”. “Vamos contratar mais pessoal e fazer parcerias para divulgar a tecnologia 3G e nossos chipsets Snapdragon na região”, conta. Segundo ele, a Qualcomm já alinha com fabricantes locais a adoção de seus chipsets em smartphones e tablets produzidos no Brasil.

Além disso, Steinhauser diz que a companhia tem conversado com o governo para dar suporte à massificação da banda larga através de tecnologias móveis e à alocação de espectro favorável a tal fim, além de avaliar possibilidades de ajudar o País na intenção de ter centros de pesquisa e desenvolvimento locais. “Estamos interessados nesse esforço do governo para desoneração na construção de redes do Plano Brasil Maior e no Plano Nacional de Banda Larga e estamos conversando com os ministérios da Indústria e Comércio, de Ciência e Tecnologia e das Comunicações para saber até que ponto podemos aproveitar um pouco dessa onda de incentivos para investimentos no País”, explica o diretor sênior de Relações Governamentais, Francisco Giacomini Soares. “Não temos planos de trazer P&D para cá (Brasil), mas como o governo está falando em incentivos, se houver vantagens, seria interessante termos alguma coisa no País”, pondera.

Aplicativos

Para Steinhauser, uma das formas de promover uma maior adoção de dispositivos 3G é fomentar o desenvolvimento de aplicativos 3G que sejam relevantes para a classe C, e eventualmente também para as D e E, e que justifiquem a compra do aparelho e a contratação de um plano de dados.

Outra aposta da Qualcomm está na comunicação entre máquinas (M2M). “Na Internet das coisas, a conectividade vai muito alem do celular e muitos dispositivos, de carros a eletrodomésticos, passarão a ter um chip de comunicação”, diz Steinhauser.

O desafio da Qualcomm no momento é desenvolver a ideia do aparelho móvel como um conceito de sexto sentido. Basicamente, são dispositivos inteligentes conectados, para funções de comunicação, computação e entretenimento, com interação com os usuários, máquinas, o ambiente e a Internet e com funcionalidades de reconhecimento de fala, gestos, imagens, cheiros, temperatura, realidade aumentada, entre outras.

Essa é uma das áreas que fazem parte dos investimentos da Qualcomm em pesquisa e desenvolvimento (P&D). "Destinamos mais de 20% de nossas receitas a P&D, o que representa cerca de US$ 3 bilhões ao ano", disse Steinhauser.

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