Em meio às discussões sobre a operação do Uber em várias cidades brasileiros, a Assespro-RS (Associação Brasileira das Empresas de TI do Rio Grande do Sul) decidiu fechar posição a favor da autorização de funcionamento do aplicativo de caronas, que viabiliza corridas particulares unindo motoristas autônomos e passageiros, em Porto Alegre.
Para um dos diretores da Assespro-RS, Cristiano Mendes, que já utiliza a tecnologia em São Paulo, o apelo não é tanto por sua funcionalidade. "Os clientes preferem o Uber não porque ele tem um aplicativo, pois existem aplicativos de táxi também, mas sim pela experiência de uso", enfatiza.
Recentemente, o empresário relatou sua experiência com o Uber nas redes sociais, destacando os diferenciais oferecidos no serviço. Um dos trechos continha o seguinte: "Além de já ter o endereço a seguir no aplicativo, o motorista confirmou a informação. Ofereceu-me água e balas e ajustou a temperatura do ar condicionado e a estação de rádio ao meu gosto. Foi bastante cordial ao explicar durante o percurso os desvios que o Waze estava sugerindo para encontrar vias menos lentas. Ao final, agradeceu a preferência e me desejou um bom dia".
Mendes acredita que a liberação do Uber em Porto Alegre servirá não apenas para melhorar o serviço de transporte dentro da cidade, mas também para estimular uma nova mentalidade nos empreendedores para a noção de experiência de serviço. "O que fideliza é a forma como isto é feito. Nesse caso, o como é mais importante do que o que. O acesso à tecnologia está cada vez mais fácil e a diferenciação de produto não dura por muito tempo", diz.
O diretor já utilizou o Uber 52 vezes nos últimos oito meses, no Brasil, México e EUA. "No mesmo período, utilizei táxi no máximo dez vezes, somente para sair do aeroporto em São Paulo ou Porto Alegre. A diferença entre os serviços é enorme", conclui Mendes.