Campus Party 2013 terá 30 Gbps, mas nada de Wi-Fi

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Com uma conexão 50% mais veloz, a Campus Party 2013 deverá atrair naturalmente os 8 mil campuseiros esperados para a atração, que será realizada entre os dias 28 de janeiro e 3 de fevereiro do ano que vem no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Mas ainda não vai ser desta vez que os frequentadores do evento poderão utilizar conexões Wi-Fi. Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 10, a Telefônica afirmou que a conexão de 30 Gbps será exclusivamente fixa nesta sexta edição, assim como nos anos anteriores. Apesar disso, a Telefônica/Vivo irá oferecer sinal 2G e 3G (incluindo com a tecnologia HSPA+), além de estar negociando a implantação do LTE para “degustação”.

O presidente da Futura Networks e cofundador da Campus Party, Paco Ragageles, afirma que há desafios técnicos para a implantação do sinal Wi-Fi com estabilidade e qualidade na conexão. “É inviável, o sinal só pode contar com 11 canais para atender muita gente”, disse ele. Apesar de falar que é “impossível” atualmente, Ragageles afirma que há “provas experimentais” para oferecer a conexão sem fio com tecnologia da Telefónica na Espanha, deixando a entender que existe a possibilidade de oferecer Internet Wi-Fi no evento em edições futuras.

A conexão de 30 Gbps contará com fibra própria para o evento, com rede redundante, passando por “rotas distintas” e com a “menor quantidade de passagens possível”. A infraestrutura também cuidará de uma característica peculiar: a partir do segundo dia da Campus Party, com o aumento da produção local de conteúdo pelos campuseiros, a demanda maior passa a ser de upload, de acordo com a Telefônica.

Para o 4G, a operadora explica que está buscando a liberação com a Anatel para a utilização da conexão LTE em caráter experimental. Como será realizada entre o final de janeiro e início de fevereiro, a rede de quarta geração ainda não terá sido lançada comercialmente na capital paulista. A ideia então é pedir uma licença experimental, para fazer uma atuação controlada com o 4G como a tele já fez durante a conferência Rio +20, em junho. Dessa forma, a conexão será restrita ao ambiente da Vivo, com aparelhos e modems da empresa. “Não temos nenhuma obrigação de atender São Paulo neste período”, lembra o presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente.  Pelas metas da agência, a capital paulista precisará ter uma rede LTE funcionando em dezembro.

Novidades

A Campus Party 2013 em São Paulo deverá contar ainda com incentivos ao empreendedorismo com a Academia Wayra, promovendo um concurso para desenvolvedores na plataforma Firefox OS, o sistema operacional móvel baseado na nuvem que é resultado da parceria entre a Mozilla e a Telefônica. O desafio será elaborar aplicações sociais que combinem a plataforma com funcionalidades do Facebook (APIs) disponíveis. O evento deverá promover ainda mais uma edição do Hack-a-ton, uma maratona de desenvolvimento de programas, desta vez voltada a aplicações em cidades inteligentes.

Outro incentivo será a Maratona de Negócios, oferecendo o pontapé inicial para unir iniciativas de start-ups com investidores. “Nosso projeto é dar uma mão para as pessoas criarem os times, é um empurrão para toda a cadeia”, explica Paco Ragageles.

Na edição 2013 os campuseiros poderão participar também pela Internet. Uma rede social dedicada exclusivamente ao evento reunirá os próprios frequentadores, exibindo também transmissões das palestras pela Web.  

Entre os convidados da Campus Party deste ano estão Nolan Bushnell, fundador da companhia de videogames Atari em 1972; o astronauta Buzz Aldrin, integrante da missão Apolo 11 e segundo homem a pisar na Lua; e Rainey Reitman, diretora de ativismo da Electronic Frontier Foundation, organização em defesa de direitos civis e liberdade de expressão digital.

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