Consumidores imaginam um mundo de contradições nas tecnologias emergentes, diz estudo

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Os norte-americanos estão empolgados com o futuro que a tecnologia nos reserva, mas 40% deles acreditam que as tecnologias emergentes introduzirão tanto soluções quanto novos problemas nos próximos 50 anos. Essa constatação foi retirada do estudo "Next 50" da Intel com 1.000 consumidores, realizado pela empresa de pesquisa PSB, para determinar as percepções prevalentes a respeito do futuro da tecnologia.

"As tecnologias emergentes poderão transformar muitos aspectos da nossa vida cotidiana", afirma Genevieve Bell, diretora do 3A Institute, Florence Violet McKenzie Chair, professora honorária da Australian National University, vice-presidente e pesquisadora sênior da Intel. "Estudos como esse nos fazem lembrar a diversidade da experiência humana. Quando falamos sobre o futuro da inovação, estamos falando sobre um conjunto de ideias, tecnologias e atitudes que terá impacto sobre nossas vidas de maneira relevante."

Mesmo que façam previsões sobre novas tecnologias, os consumidores se interessam mais por aquelas com que se sentem mais familiarizados. A pesquisa revelou que os consumidores esperam confiar mais em smartphones (87%) no futuro. Eles também classificam os PCs (84%) e tecnologias para casas inteligentes (84%) entre as tecnologias que serão mais importantes nos próximos 50 anos.

"É difícil imaginar um dia sem usar um computador ou um smartphone; ambos, sem dúvida, continuarão evoluindo ao lado de outras tecnologias", acrescenta Bell. "Mas tecnologias mais novas, emergentes como Inteligência Artificial (IA) e 5G são abstratas e mais difíceis de compreender, provavelmente gerando ansiedade em torno do que podem oferecer."

Entre as tecnologias emergentes, os consumidores relataram estar mais entusiasmados com as que podem trazer melhorias para a saúde, incluindo medicina genômica (39%) e materiais artificiais para transplante de órgãos ou tecidos (26%), além de energias renováveis (36%).

A inteligência artificial foi especialmente bem avaliada pela geração do Milênio e por pais por conta da possibilidade de ajudá-los em seus cotidianos:

• 51% dos pais esperam que a IA eleve a qualidade de vida, melhorando e automatizando tarefas diárias, em comparação com a parcela de apenas 38% dos entrevistados sem filhos.

• Os pais estão mais animados do que aqueles que não são pais com o potencial da IA para ajudar nas tarefas humanas (46% contra 39%) e prever as necessidades (42% contra 30%).

No entanto, muitos consumidores não reconhecem o papel que IA já está desempenhando em suas vidas. Apesar da proliferação dos assistentes de voz, algoritmos preditivos e outras aplicações comuns de IA, mais de um terço (36%) dos consumidores pensa ainda não possuir nenhuma tecnologia que use IA.

Embora a maioria dos consumidores dependa fortemente da tecnologia para manter contato com amigos e a família (53%), muitos entrevistados relataram temer o fato de as pessoas desenvolverem uma dependência tecnológica excessiva e passar menos tempo interagindo uns com os outros (56%).

Além disso, 37% dos consumidores e 38% das elites tecnológicas estão preocupados com o fato de as pessoas poderem se isolar umas das outras ao usar a tecnologia.

Apesar dessa ansiedade, os consumidores estão animados com as tecnologias emergentes com potencial para ajudar a unir as pessoas e liberar mais tempo para conexões, tais como as redes de 5G e tecnologias para casas inteligentes:

• Uma parcela significativa de 61% dos consumidores está um pouco ou muito animada com o potencial de comunicação 5G. A geração do Milênio, em particular, é a mais otimista com o futuro do 5G, com 45% dizendo que a tecnologia aproximará as pessoas, ajudando-as a se manter sempre conectadas, em oposição a 35% dos entrevistados com idade de 35 anos ou mais.

• Hoje, apenas 18% dos consumidores usam fortemente a tecnologia para gerenciar suas casas, mas 69% pretendem fazê-lo dentro de 50 anos.

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