Cisco amplia presença em data centers com plataforma de rede unificada

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Tendências em alta como virtualização, computação em nuvem e "Internet das Coisas" (IoT, na sigla em inglês) estão impondo às organizações a criação de estratégias para transformar a TI em termos de infraestrutura, aplicações e serviços para, assim, inovar e desenvolver novos modelos de negócio. Neste sentido, o data center desempenha papel fundamental para suportar essa evolução, conforme salientou a Cisco em seu evento Cisco Data Center Partner Connection, realizado esta semana em Cancun, no México.

A fabricante de equipamentos de redes reforçou a estratégia de uma de suas divisões de negócio mais rentáveis, a de soluções para data centers, cujo destaque é a plataforma Unified Computing System (UCS), que unifica os diversos elementos do data center — computação, redes e acesso ao armazenamento e à virtualização — num único sistema, escalável e modular.

Em 2009, muitos questionaram a decisão da companhia em ingressar no mercado de servidores tradicionais. Concorrentes criticaram a estratégia, prevendo que o negócio não iria sobreviver. No entanto, a companhia surpreendeu a indústria ao apresentar a plataforma UCS, que, depois de seis anos, não só sobreviveu, como prosperou. Atualmente, são mais de 36 mil clientes em todo o mundo, incluindo empresas da Fortune 500.

América Latina

Na América Latina não é diferente. A Cisco estima que suas vendas de servidores UCS na região devam crescer 4,7% neste ano, acima da média mundial, projetada para 3,3%. Em apenas cinco anos comercializando este tipo de servidor, a empresa conquistou 5 mil clientes na região, uma média de 300 clientes novos por trimestre, se consolidando entre as três principais fabricantes com maior participação no mercado de servidores blade.

De acordo com Gerardo Toussaint, gerente de vendas de data center da Cisco para América Latina, o sucesso de vendas está atrelado a crescente migração das empresas para soluções como o UCS, tipo de plataforma que tem crescido duas vezes mais rápido que o resto do mercado. Segundo ele, os servidores UCS chegam a oferecer redução de 58% no tempo de aprovisionamento; de 25% no custo de investimento na tecnologia; de 21% nos custos de administração e 45% de redução de custos com energia e resfriamento.

A Cisco atua na América Latina em quatro regiões distintas: Brasil (o maior mercado), México, cone Sul (Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Colômbia) e América Central e Caribe. As vendas são feitas através dos 180 parceiros certificados em UCS na região como um todo. No Brasil, são cerca de 700 clientes que utilizam servidores UCS, dentre eles a Corpflex e Odebrecht. "O compromisso da Cisco com o Brasil e toda América Latina é muito forte", salientou o executivo, lembrando que a companhia será apoiadora oficial na área de equipamentos de rede e servidores corporativos para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

As perspectivas de negócios com as vendas de servidores UCS no Brasil, assim como em toda América Latina, também são promissoras, principalmente depois que a Cisco começou a fabricar, no ano passado, os equipamentos localmente, na planta industrial da Flextronics, localizada em Sorocaba, no interior paulista. "Não éramos competitivos no país com relação às vendas UCS, mas agora com a produção local, vemos um grande potencial principalmente com a fabricação do UCS Mini", declarou Regina Kusuhara, gerente de desenvolvimento de parceiros em data center da Cisco do Brasil, referindo-se ao mais recente lançamento da Cisco destinado às pequenas e médias empresas.

* A jornalista viajou a Cancun a convite da Cisco.

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