NSA é acusada de implantar 'backdoors' em roteadores para facilitar espionagem

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Um novo relatório vazado pelo jornalista Glenn Greenwald, colunista do jornal inglês The Guardian que revelou o esquema de espionagem nas comunicações no mundo do governo americano, afirma que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), na verdade, intercepta e altera roteadores e hardware de servidores exportados dos Estados Unidos para implantá-los como ferramentas de vigilância, facilitando a espionagem a usuários internacionais. A revelação é baseada em um documento de junho de 2010 do departamento de Acesso e Desenvolvimento Alvo da NSA , que apresenta o programa em detalhe.

Segundo o documento, a agência norte-americana abria esses dispositivos de rede de computador, implantava backdoors (portas dos fundos, em tradução livre, dispositivos que executam comandos não autorizados em servidores), entre outros instrumentos de vigilância, em seguida os reembalava com selos de fábrica, antes de enviá-los para o destino final, conforme relatou o blog de tecnologia TechCrunch.

Em comunicado enviado ao site, a NSA declarou que "como já dito anteriormente, a implicação de que a coleta de inteligência estrangeira da NSA é arbitrária e irrestrita é falsa. As atividades da NSA estão focadas e, especificamente, implantadas contra — e apenas contra — alvos de inteligência estrangeiros válidos em resposta às necessidades de inteligência". Ainda de acordo com a agência, os EUA prosseguem a sua missão de inteligência com cuidado para garantir que os usuários inocentes dessas mesmas tecnologias não sejam afetados.

Se comprovada sua veracidade, o relatório é uma prova condenável visto que o governo dos EUA, no passado, sugeriu que equipamentos de rede fabricados na China foram interceptados e alterados exatamente da mesma maneira. Isso tem sido usado como base para incentivar as empresas com sede nos Estados Unidos a ficarem com hardware feito por empresas americanas e evitarem equipamentos de rede fabricados por empresas chinesas, incluindo a Huawei e ZTE.

 

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