A Coppe/UFRJ colocou em operação nesta quarta-feira, 13, o supercomputador Lobo Carneiro, capaz de realizar 226 trilhões de operações matemáticas por segundo, com eficiência energética e operação remota. O reitor da UFRJ, professor Roberto Leher, classificou o início da operação como "um dia luminoso para a universidade", referindo-se à promissora perspectiva que o equipamento traz para a pesquisa científica de ponta, principalmente em um momento de crise econômica e incertezas políticas.
A solenidade de inauguração do supercomputador contou com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações (MCTCI), Gilberto Kassab, e também da família do homenageado, o professor Luiz Fernando Lobo Carneiro, e representantes das empresas que formaram o consórcio vencedor da licitação do supercomputador, a Silicon Graphics International (SGI) e a Versatus HPC, além de outras autoridades.
O diretor da Coppe, Edson Watanabe, destacou que modelos demandam uma potência computacional elevada para gerar milhões de situações necessárias à observação dos fenômenos estudados pelos cientistas. "Isso acontece, sobretudo, em áreas que exigem computação intensiva, como as engenharias, física, química, bioquímica, biofísica e outras. O modelo e a teoria independem do computador, mas se eles demandarem esforço computacional, a resposta será muito mais rápida com o Lobo Carneiro", explicou o diretor da Coppe.
Segundo Watanabe, não apenas a potência, mas a eficiência energética do Lobo Carneiro foi determinante na aquisição do equipamento. "O novo supercomputador tem capacidade três vezes maior que a da máquina anterior com apenas um terço do consumo. Sua capacidade de processamento de 226 teraflops permitirá aos tomadores de decisão agirem no tempo certo e com grande efetividade", ressaltou.
O supercomputador, que já é uma das máquinas mais "verdes" do mercado, foi concebido para ser operado de forma remota, com automação, prescindindo do acompanhamento presencial 24 horas por dia, e monitoramento de dispositivos de segurança e consumo mais eficiente de energia, preservando a vida útil do equipamento ao máximo.
A máquina terá seu uso compartilhado por pesquisadores da Coppe, de outras unidades da UFRJ, centros de pesquisa de instituições e empresas, públicas e privadas, para pesquisas de grande interesse para o país como estudos para a área de energia e petróleo; desenvolvimento de biofármacos e de vacinas no combate ao vírus zika; estudos de gerenciamento de risco para a Defesa Civil; entre outros.