CPTM adota nova versão de software para estudos de demanda

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A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) se prepara para migrar para uma versão mais moderna do software que faz a projeção da demanda de passageiros que usam o sistema de transportes sobre trilhos. A companhia vai implantar a versão 3.0 do Emme, que ajudará na consolidação de um padrão para a criação de cenários futuros da região metropolitana, necessário ao planejamento da carteira de investimentos.

De acordo com a Diretoria de Planejamento da CPTM, a nova versão servirá como auxílio não apenas na gestão, mas também na forma de apresentação das informações. Com o novo software, a linguagem deixa de ser estritamente técnica para algo mais visual, importante para quem utilizar os resultados adquiridos. Uma das grandes inovações, segundo a empresa, é a possibilidade de elaboração de material gráfico, como mapas de acessibilidade e a verificação por zonas, que não podiam ser visualizadas pela versão anterior (Emme2).

O software também é capaz de calcular a economia na forma de acesso às estações, uma vez que uma das preocupações da empresa é justamente o entorno delas. Estudos já realizados com o Emme2 indicaram que a forma de acesso às unidades pode diminuir em até uma hora o tempo total de viagem. Também é possível apontar se há redução na emissão de poluentes.

Os dados lançados no programa são oriundos da ?Pesquisa Origem e Destino?, realizada a cada dez anos, e que neste mês de agosto ganhará uma nova versão. Participam do estudo CPTM, Metrô, EMTU, SPTrans e CET, uma vez que o planejamento de transportes é elaborado para todos os modais.

Ao longo de três meses os pesquisadores visitarão 30 mil domicílios, além de aferir o número de automóveis que entram, saem e atravessam a região metropolitana, mapeando sua linha de contorno. É possível, por exemplo, modelar as interações entre os veículos que compartilham uma mesma infra-estrutura, já que todos os modos estão integrados em uma rede coerente. A pesquisa também avaliará, entre outros aspectos, o impacto do tráfego de automóveis na velocidade dos ônibus ou a contribuição destes para o congestionamento.

Segundo técnicos da empresa, o levantamento precisa ser o mais detalhado possível, já que os dados continuarão sendo utilizados por muitos anos. Quanto mais fiéis às informações colhidas, melhores as projeções.

A ?Pesquisa Embarque/Desembarque?, realizada em 2005 pela CPTM, por exemplo, tem uma importância significativa na obtenção de resultados, pois detalha o percurso dos passageiros e permite o cruzamento desta com a ?Pesquisa Origem e Destino? e com as simulações feitas no Emme para avaliar o índice de acerto.

Dos 2,3 mil usuários do Emme2, em 77 países, até o momento, aproximadamente mil já migraram para o Emme3. O software está apoiando diversos projetos como, por exemplo, a organização dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Nada menos que 16 computadores trabalham dia e noite para analisar um problema levantado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), quando da escolha do país para sediar o evento: o dimensionamento do transporte público para atender ao aumento da demanda.

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