"Claro que se eu tivesse esse poder, seguraria toda a distribuição de vídeo pela internet", afirmou Alberto Pecegueiro da Globosat, no painel de abertura do terceiro e último dia da ABTA 2008. "Mas como é inevitável, também quero [entrar neste mercado]", disse.
André Mantovani, dos Canais Abril, disse que a internet é, sim, uma ameaça ao setor de conteúdo audiovisual. Segundo ele, nos Estados Unidos um terço das pessoas baixa vídeos da internet, e apontou que existe um site que disponibiliza, ao vivo, a programação da SporTV, da Globosat. Segundo ele, o setor precisa, rapidamente, encontrar um modelo de negócios novo. "A indústria fonográfica não encontrou um modelo, mas o músico achou: distribui as músicas pela internet e ganha dinheiro com shows. Quem está em xeque agora não é o produtor de conteúdo, é o distribuidor, como na indústria fonográfica", afirmou Mantovani.
Pecegueiro lembrou que existem plataformas oficias de distribuição de conteúdo pela internet, como o iTunes. "As plataformas oficiais se desenvolverem é bom para as programadoras. Resta saber se o modelo de venda de conteúdo 'stand alone' pagará o custo de produção", disse. Para ele, o setor terá de conviver com os dois modelos (por assinatura e venda individual de conteúdo) até que o mercado aponte qual será o caminho. Mas todos concordam que as novas mídias representam alternativas de crescimento.