Ao longo dos seus 60 anos de história, a DARPA – Departamento de Defesa dos Estados Unidos desempenha um papel de liderança na criação e no avanço de tecnologias de inteligência artificial (IA) que produziram capacidades de mudança no jogo da defesa militar e institucional.
Para definir melhor o caminho a seguir, a DARPA está anunciando m investimento plurianual de mais de US$ 2 bilhões em programas novos e existentes, chamados de campanha "AI Next". O diretor da agência, Dr. Steven Walker, revelou oficialmente o esforço em larga escala durante o Simpósio da DARPA, que se encerrou nesta sexta-feira, 14, no Gaylord Resort and Convention Center em National Harbor, Maryland, EUA;
"Com o AI Next, estamos fazendo vários investimentos em pesquisa voltados para a transformação de ferramentas especializadas em com parceiros para encontrar solução de problemas", disse o Dr. Walker. "Hoje, as máquinas não têm capacidade de raciocínio contextual, e seu treinamento deve cobrir todas as eventualidades, o que não é apenas caro, mas, em última instância, impossível. Queremos explorar como as máquinas podem adquirir capacidades de comunicação e raciocínio semelhantes às humanas, com a capacidade de reconhecer novas situações e ambientes e se adaptar a elas."
A DARPA está atualmente buscando mais de 20 programas que estão explorando maneiras de avançar o estado-da-arte em IA indo além das técnicas de aprendizado de máquina de segunda onda para recursos de raciocínio contextual. Além disso, mais de 60 programas ativos estão aplicando inteligência artificial em alguma capacidade, desde agentes que colaboram para compartilhar a largura de banda do espectro eletromagnético até detectar e corrigir vulnerabilidades cibernéticas. Nos próximos 12 meses, a DARPA planeja emitir vários anúncios para novos programas que promovam o estado da arte em IA.
Em IA, as principais áreas a serem exploradas podem incluir a automação de processos críticos de negócios do Departamento de Defesa – DoD, como a verificação de habilitação de segurança em uma semana ou a certificação de sistemas de software em um dia para implantação operacional; melhorar a robustez e confiabilidade dos sistemas de IA; melhorar a segurança e resiliência da aprendizagem de máquina e tecnologias de IA; redução de ineficiências de energia, dados e desempenho; e pioneiro na próxima geração de algoritmos e aplicativos de IA, como "explicabilidade" e raciocínio de senso comum.
Histórico
A partir da década de 1960, a pesquisa da DARPA moldou a primeira onda de tecnologias da IA, que se concentrou em conhecimento artesanal ou sistemas baseados em regras capazes de tarefas definidas de maneira restrita. Enquanto um passo crítico para o campo, esses sistemas eram frágeis e limitados. A partir da década de 1990, a DARPA ajudou a introduzir uma segunda onda de tecnologias de aprendizado de máquina com inteligência artificial que criava reconhecedores de padrões estatísticos a partir de grandes quantidades de dados. financiamento da agência de compreensão da linguagem natural, resolução de problemas, navegação e tecnologias de percepção levou à criação de carros que dirigem sozinhos, assistentes pessoais, e próteses quase naturais, além de uma infinidade de aplicações militares e comerciais críticos e valiosos. No entanto, essas tecnologias de IA de segunda onda dependem de grandes quantidades de dados de treinamento de alta qualidade, não se adaptam a condições variáveis, oferecem garantias limitadas de desempenho e não conseguem fornecer aos usuários explicações sobre seus resultados.
Para abordar as limitações dessas tecnologias de IA de primeira e segunda onda, a DARPA procura explorar novas teorias e aplicações que possam possibilitar que as máquinas se adaptem a situações de mudança. A DARPA vê essa próxima geração de IA como uma terceira onda de avanço tecnológico, uma de adaptação contextual.
