Claro, Vivo e Embratel constroem rede de transporte conjunta

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Um dos principais desafios das operadoras móveis para entrega de serviços de terceira geração é garantir um backhaul robusto o suficiente que suporte o grande consumo de dados dos clientes. Claro, Vivo e Embratel uniram forças para construir em conjunto um anel óptico que abrange os três estados do sul do País, com o objetivo de reduzir os custos e otimizar os investimentos. João Cox, presidente da Claro, explica que a utilização dos cabos de fibra é dividida entre as empresas. Segundo ele, algumas companhias são mais propícias e esse tipo de acordo e outras menos. "As empresas de forma geral já compartilham torres, mas o grande desafio para levar dados para o País é na transmissão", afirma.
Apesar da parceria na região sul, a Claro tem cerca de 300 municípios com rede 3G que ainda não tem o serviço operando porque não há backbones robustos para suportá-lo. Nesses casos, a Claro está investindo em rede própria. "A infraestrutura de grande porte no Brasil é como o tratado de Tordesilhas, só existe na costa", afirma ele. Além da capacidade da rede, João Cox revelou que em algumas cidades a companhia já está utilizando a terceira portadora, o que completa os 15 MHz da faixa de 2,1 GHz adquiridas no leilão.
Pacto
O presidente da Claro, em sua palestra na Futurecom e depois em conversa com os jornalistas, defende a criação de um pacto entre governo, empresas e sociedade para acelerar a cobertura de terceira geração no Brasil e, consequentemente, antecipar as metas impostas no leilão pela Anatel. Para resolver o problema da infraestrutra, o executivo defende a utilização das redes que hoje estão ociosas. "Não pode ter infraestrutira parada. Ela tem que ser usada, seja pelo governo ou pelas empresas e a sociedade vai escolher o serviço mais competitivo", diz ele. Dentro desse pacto, Cox defende a discussão "madura e adulta" da questão da carga tributária. "Não faz sentido a telefonia pagar mais ICMS que perfume, arma e bebidas", protesta. Outra reclamação recorrente do executivo é com relação ao Fistel. Hoje o imposto incide igualmente em todos os telefones celulares ativados, sejam eles pré-pagos ou pós e independentemente da região do País.
A demanda pelos serviços de banda larga móvel é tanta, que mesmo a Claro tendo suspendido a venda do serviço em algumas cidades há cerca de um ano, as vendas não param de subir, segundo Cox.

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