Em meio aos debates sobre a criação de um Plano Nacional de Banda Larga, as móveis começaram a mostrar interesse em participar do projeto como parceiras do governo. Essa estratégia foi defendida nesta quarta-feira, 14, pelo presidente da TIM, Luca Luciani, em sua apresentação no painel de abertura do primeiro dia da Futurecom. Para Luciani, é importante que o governo defina um alvo claro com relação à inclusão digital. E um ponto crucial é se será priorizada a expansão ou o aumento da qualidade do serviço.
"Um problema desse mercado é que ele pode gerar grande frustração para o cliente porque não podemos prometer banda larga sem uma infraestrutura forte que atenda a esta demanda", ponderou Luciani, ressaltando a importância da parceria com as teles. "Se fizermos juntos (governo e empresas) podemos atingir os objetivos em menos tempo".
Investimentos
Apesar da disposição em ser parceiro no plano, o presidente da TIM admitiu que a empresa está com grandes investimentos programados para garantir o atendimento da crescente demanda por banda larga que já existe no Brasil. Apenas neste ano, a operadora investiu R$ 2,3 bilhões em suas operações. Esse aporte faz parte de um pacote de investimentos de R$ 7 bilhões que serão injetados para o reforço da rede da operadora até 2011. Com isso, a TIM acredita que terá fôlego para atender a demanda pela banda larga móvel.
Além do atendimento da demanda reprimida, a TIM vê grande potencial no mercado brasileiro de telecomunicações. Em comparação com países como a Itália e os Estados Unidos, o fluxo de voz e dados ainda é muito baixo no Brasil, o que demonstra que há uma grande margem de expansão do mercado. Luciani reiterou que a TIM não está à venda, afastando mais uma vez as especulações de saída do grupo italiano do Brasil.
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