Pirataria de software no Brasil tem redução de 11% em seis anos

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O Brasil registrou redução de 11% na pirataria de software pelo sexto ano consecutivo. O índice caiu de 64%, em 2005, para 53% no ano passado, de acordo com o Estudo Global de Pirataria de Software 2011 da Business Software Alliance (BSA), divulgado nesta terça-feira, 15. Segundo o relatório, que analisou 18 países da América Latina, o índice brasileiro foi o menor, abaixo da média da região, que é de 61%.

Apesar da redução da pirataria, as perdas da indústria do setor com o uso de software não licenciado aumentaram 8%, para US$ 2,84 bilhões, enquanto que a venda de software legal movimentou US$ 2,53 bilhões. Segundo o relatório, isso se explica pela expansão do mercado brasileiro de software. O levantamento também aponta que 46% dos usuários brasileiros admitem adquirir software pirata. Dos piratas de software assumidos no Brasil, 28% afirmam que adquirem programas de computador de forma ilegal “o tempo todo”, “a maior parte do tempo” ou “ocasionalmente”, enquanto 18% afirmaram que pirateiam “raramente".

“A pirataria de software persiste drenando a economia global, a inovação tecnológica e a criação de empregos”, declarou o presidente e CEO da BSA, Robert Holleyman. “Os governos devem tomar medidas para modernizar suas leis de propriedade intelectual e aumentar os esforços de fiscalização para garantir que piratas de software sofram consequências reais.”

Panorama global

Mundialmente, o estudo aponta que o índice de pirataria nos países emergentes (68%) está muito acima dos chamados mercados maduros (24%). Isso, segundo a BSA, ajuda a explicar as dinâmicas de mercado por trás do aumento global da taxa de pirataria, que esteve por volta dos 42% em 2011, enquanto o mercado em constante expansão no mundo em desenvolvimento elevou o valor comercial de software pirateado para US$ 63,4 bilhões.

Na Europa, a crise econômica não reduziu de forma geral os índices de pirataria. A média da região teve uma ligeira diminuição, de 1%, para 32%. No entanto, Espanha e Grécia, países mais atingidos pela crise, tiveram um aumento de 1% e 2%, respectivamente, sendo a Grécia o grande vilão da Europa em termos de pirataria de software, com um índice maior que muitos países da América Latina, de 61%.

Entre os países que compõem o Bric, o Brasil permanece em melhor posição que a Índia (63%), Rússia (63%) e China (77%). O gigante asiático, aliás, apresenta uma das relações mais impressionantes de gastos com software ilegal. Os chineses gastam, no total, US$ 2,66 bilhões com a compra de software legal e US$ 8,9 bilhões, com software pirateado.

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