Outsourcing se torna estratégia de agilidade e qualidade em TI

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Comumente encarada apenas como alternativa para redução de custos, a outsourcing de Tecnologia da Informação tem crescido em importância nas empresas. O principal motivo é que, aliada aos custos competitivos, a outsourcing tem se mostrado como uma prática altamente eficiente quanto à agilidade e à qualidade.
Essa é uma percepção clara do mercado e tem aparecido nos estudos sobre o setor. Uma pesquisa recente realizada pela Bluewolf, empresa de consultoria em CRM (Customer Relationship Management), indica que cerca de 30% das empresas nos Estados Unidos devem aumentar o investimento em terceirização de TI nos próximos 12-18 meses. Intitulado “The state of IT outsourcing: the elastic workforce”, o estudo analisa o comportamento atual das empresas quanto a serviços de TI terceirizados e suas perspectivas até 2013.
O resultado é animador, mesmo que não exatamente surpreendente. A pesquisa revela o que muitas empresas e profissionais já vinham sentindo na prática: um aumento na confiança do mercado em relação aos profissionais e empresas terceirizados, que podem agregar habilidades específicas aos negócios de acordo com a demanda flutuante das empresas. Um dos dados levantados, por exemplo, mostra que 48% das empresas devem optar por novos contratos de outsourcing nos próximos meses em vez de contratar diretamente novos funcionários da área. Quando questionados, mais da metade dos CIOs disseram que destinam pelo menos 10% do orçamento para os serviços em outsourcing.
Apesar de o levantamento ter sido realizado nos Estado Unidos, podemos enxergar essa realidade de forma muito clara no Brasil. Além de atuarem com sistemas de apoio às atividades cotidianas das companhias, as empresas de TI têm participado mais e mais do desenvolvimento de sistemas estratégicos de seus clientes.  Isso porque as empresas de TI têm contato com os estudos, técnicas e tendências mais atualizados do setor. São capazes de oferecer com mais agilidade e eficiência um serviço que demandaria alto investimento de dinheiro, tempo e esforço se fosse realizado internamente em empresas que não têm a TI como core business. Muitas delas inclusive investem em pesquisa e desenvolvimento internamente e em parceria com outras empresas, universidades e institutos de pesquisa, participando do processo de construção desse conhecimento.
Corrobora essa explicação, a conclusão de que hoje a quantidade e o nível de complexidade das tecnologias existentes demandam a atuação de especialistas em subáreas da TI. Como dificilmente conseguem manter tantos especialistas internamente, as empresas lançam mão de seus parceiros externos, mobilizando o que o estudo chama de “força de trabalho elástica”. Esse conceito faz referência ao entendimento de que, além da equipe de funcionários internos, a força de trabalho com a qual uma empresa conta atualmente é um ecossistema composto por provedores de serviços gerenciados, firmas de consultoria, prestadores de serviço externos, profissionais autônomos, serviços em nuvem e empresas de infraestrutura de nuvem.
A vantagem dessa concepção é que as empresas passam a ter acesso a uma comunidade de especialistas que são usados – e portanto pagos – de acordo com a necessidade da empresa, sem que para isso seja preciso investir em treinamento e gerenciamento direto desses profissionais. A opção por essa prática tem aumentado também porque as empresas especializadas em software acabam se mostrando como um espaço mais atrativo e estimulante para os profissionais da área e, ao mesmo tempo, uma solução mais eficiente e barata para as empresas.
* Walter Ruiz Jr. é diretor de Application Outsourcing da Opus Software

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