Estimativas do IBGE apontam que quase metade (47,89%) dos 86.210.336 assinantes da telefonia móvel registrados no fim de 2005 estão nos quatro estados da região Sudeste do Brasil ? são 41.286.865 celulares em operação, para uma população de 78.472.017 habitantes na região. O total no Brasil é de 184.184.264, conforme o instituto.
Do total de celulares em operação, 69.670.050 (80,81%) são pré-pagos e 16.540.286 (19,19%), pós-pagos. Segundo a Anatel, dezembro registrou a melhor marca mensal do ano em número de novos acessos em operação. Foram habilitados 3.858.692 assinantes no mês do Natal. O recorde mensal é de dezembro de 2004, quando foram habilitados 4.416.843 acessos, enquanto dezembro de 2003 detém a terceira melhor marca, com 3.362.635 habilitações.
O ano de 2005 registrou um crescimento de 31,4% no número de acessos celulares em serviço em relação a dezembro de 2004, que fechou com 65.605.577. Nos 12 meses do ano foram habilitados 20.604.759 novos acessos. Com isso, 2005 detém o novo recorde de acessos habilitados, superando os 19.232.311 registrados nos 12 meses de 2004.
As regiões Nordeste e Sul quase se equiparam em número de acessos em serviço, a primeira com 15.631.113 assinantes e a segunda com 15.433.593 assinantes. O Centro-Oeste, por seu lado, detém 8.782.143 acessos habilitados e, o Norte, 5.076.622. As previsões do estudo ?Perspectivas para Ampliação e Modernização do Setor de Telecomunicações? (Paste), editado em 2000 pela agência reguladora, foram superadas em 28.310.226 celulares (mais 48,63%) ? quase a metade dos 58 milhões de acessos em serviço previstos para dezembro de 2005.
O dados sobre o Serviço Móvel Pessoal (SMP) foram encaminhados pelas operadoras à Anatel e que devem estar disponíveis na página www.anatel.gov.br até esta terça-feira (17/1), nos atalhos ?Comunicação Móvel/Móvel Pessoal/Dados do SMC-SMP? e arquivos (em verde, na área central da página).
O resultado de dezembro manteve a tendência de crescimento da teledensidade do serviço móvel no país ? de 44,55 para 46,58, contra 36,63 em dezembro de 2004. O indicador, utilizado internacionalmente e que representa o número de telefones em serviço para cada grupo de 100 habitantes, cresceu 27,16% no ano passado no Brasil. O Distrito Federal (DF) continua liderando, com larga vantagem, a teledensidade móvel entre as unidades da federação, com índice de 115,48 ? ou 1,15 telefone celular em serviço para cada habitante. No ano, o DF registrou crescimento de 22,76 na densidade.
O Rio Grande do Sul tem a segunda melhor densidade (índice de 64,41), seguido do Rio de Janeiro (62,47), que vem acompanhado de muito perto pelo Mato Grosso do Sul (62,2). Santa Catarina (55,6), Goiás (55,38), Mato Grosso (53,81) e São Paulo (52,4) também estão acima do índice de 50 em densidade (equivalente a um celular para cada dois habitantes).
O Piauí, que fechou o ano como o penúltimo em densidade (índice de 21,62), liderou o crescimento do indicador em 2005, com 52,58%. Tocantins, segundo do ano em crescimento (47,73%), registrou a maior variação do indicador em dezembro, 7,42%, seguido por Roraima (7,4%) ? os dois únicos estados a registrarem crescimento da densidade superior a 7% no último mês do ano.
Também registraram crescimento superior a 40% no ano a Bahia (46,12%), Rio Grande do Norte (44,22%), Alagoas (43,9%), Paraíba (43,77%), Pernambuco (43,16%) e Ceará (42,18%). O Maranhão tem a menor teledensidade entre as unidades da federação (índice de 18,14) e cresceu 30,6% no ano.
A manutenção do bom desempenho dos estados do Nordeste durante todo o ano consolidou uma forte recuperação da densidade em toda região ? o indicador era de 21,32 em 2004 e chegou a 30,52 em dezembro, ainda a menor densidade entre todas as regiões brasileiras. O crescimento, porém, foi de 43,15%, um recorde entre as cinco regiões.
O Norte detém a segunda menor densidade (índice de 34,28) regional e cresceu 24,93% em 12 anos. A região Sudeste, a mais rica do país, mantém a terceira posição no indicador (índice de 52,36), embora registre o menor crescimento do ano (23,55%). A região Sul tem a segunda melhor densidade regional (índice de 56,97 e crescimento de 23,82% no ano), atrás apenas do Centro-Oeste, com densidade de 67 e crescimento no ano de 26,15%.
De acordo com o levantamento, a Vivo permanece na liderança do mercado brasileiro de telefonia móvel, com 34,54% ? pequena redução em relação aos 35,40% de novembro. Quando a agência passou a disponibilizar a posição das operadoras de telefonia móvel, em abril, a Vivo tinha 38,82% do mercado. A TIM mantém a segunda colocação do mercado, com 23,42% (23,01% em novembro), seguida da Claro, com 21,64% (21,79% em novembro). A Oi (Telemar) tem 11,99% (11,59% em novembro); Telemig/Amazônia Celular, 5,30% (5,32% em novembro); BrasilTelecom GSM, 2,57% (2,33% em novembro). A CTBC Telecom Celular detém 0,45% (0,46% em novembro), enquanto a Sercomtel Celular, 0,09% (0,10% em novembro).
Ainda segundo dados da Anatel, a tecnologia GSM continua em expansão e na liderança do mercado, tendo vencido a barreira dos 50% do total de acessos, que somaram 44.628.734 em serviço (exatos 51,77%). No encerramento de 2004 os terminais GSM eram 22.423.004 (34,18% do total). A tecnologia CDMA tem 24.022.557 acessos (27,87%) e a TDMA, 17.410.392 (20,2%). A Tecnologia analógica AMPS possui apenas 148.653 acessos (0,17% do total).
