A Apple revelou, pela primeira vez, a lista com os nomes de seus fornecedores. Junto com a relação das 156 empresas, a fabricante do iPad e do iPhone apresentou um relatório sobre os problemas envolvidos com elas, resultado de diversas auditorias realizadas nos últimos meses. A grande maioria está localizada na Ásia, em países como China e Taiwan.
De acordo com o documento, a Apple encontrou irregularidades em diversas fábricas de seus produtos. A auditoria da empresa revelou 93 unidades que excederam o limite de 60 horas semanais de trabalho. Além disso, 108 fornecedores não pagaram horas extras de acordo com o estabelecido em lei. Por fim, em 15 das empresas a Apple encontrou contratos de trabalho estrangeiro com taxas excessivas de agenciamento de pessoas de outros países.
De acordo com a Apple, as empresas auditadas foram notificadas a mudar suas práticas. Não houve, contudo, provas concretas para garantir as mudanças exigidas. A Apple tem sido criticada por ONGs e ativistas em todo o mundo por manter acordos com fornecedores que adotam em regimes de trabalho extremamente severos. Um dos casos mais notórios é o da chinesa Foxconn, recorrente na mídia devido a denúncias de manter horários extenuantes que levarou alguns funcionários a cometer suicídio.