Vendas mundiais de PCs despencam 9,5% no segundo trimestre

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As vendas mundiais de PCs totalizaram 68,4 milhões de unidades no segundo trimestre deste ano, o que representa uma queda de 9,5% na comparação com o mesmo período de 2014, de acordo com dados do Gartner. Segundo o instituto de pesquisas, este foi o maior declínio registrado desde o terceiro trimestre de 2013 — e estima-se que as vendas cairão 4,4% em 2015.

"O aumento dos preços dos PCs tornou-se mais evidente em algumas regiões, devido à forte valorização do dólar em relação às moedas locais, elevação que poderá prejudicar a demanda nessas regiões. Em segundo lugar, o mercado de PCs em todo o mundo experimentou um crescimento extraordinariamente positivo em computadores de mesa no ano passado, como consequência do fim do suporte ao Windows XP", afirma Mikako Kitagawa, analista-chefe do Gartner.

Outro aspecto apontado pela analista é que o lançamento do Windows 10, da Microsoft, programado para o terceiro trimestre deste ano, criou um controle de inventário autorregulado, já que os fornecedores de PCs e os canais de vendas tentaram eliminar o máximo de estoque possível antes da chegada do novo sistema operacional.

O Gartner enfatiza, porém, que esses inibidores são eventos temporários e que não estão alterando a estrutura do mercado de PCs. Embora a indústria esteja enfrentando uma queda, a expectativa é de que o mercado desacelere e volte a crescer em 2016.

O levantamento mostra que a fabricante chinesa Lenovo manteve a primeira posição nas vendas mundiais de PCs no segundo trimestre, mas sofreu um declínio em relação ao mesmo período do ano passado pela primeira vez desde o segundo trimestre de 2013. Pelo segundo período consecutivo, a Dell experimentou uma queda nesse mercado.

Nos Estados Unidos, as vendas de PCs totalizaram 15,1 milhões de unidades no segundo trimestre, uma queda de 5,8% em relação a igual período do ano passado. A HP manteve o primeiro lugar de vendas no país no período, apesar de apresentar uma queda de 10,1%. A Dell diminuiu a diferença com a HP na comparação com 2014. Entre as cinco principais fabricantes naquele mercado, a Lenovo foi a única a apresentar um aumento nas vendas em relação ao ano passado.

As vendas de PCs na região da Ásia-Pacífico atingiram 24,2 milhões de unidades no segundo trimestre, um recuo de 2,9% em relação a um ano antes. Já as vendas na região que engloba Europa, Oriente Médio e África (EMEA) as vendas totalizaram 18,6 milhões de unidades no trimestre, declínio de 15,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

O mercado de PCs desacelerou na Europa Ocidental e na Eurásia. Nesta última, tanto a Rússia como a Ucrânia — os maiores mercados da região — continuaram lutando contra as fortes quedas nas vendas. A HP manteve a primeira posição na região da EMEA. Todos os integrantes do ranking dos cinco maiores distribuidores da região apresentaram queda, causada principalmente pela diminuição das unidades de mesa e pelo abrandamento nas compras do consumidor.

"Os fornecedores passaram grande parte do trimestre lidando com níveis de estoque elevados. Eles tentaram esgotar seus estoques por meio de promoções, resultando em margens menores. Esperamos ver melhores números no terceiro trimestre, impulsionados pelo lançamento de novos dispositivos com base no Windows 10", diz Isabelle Durand, analista-chefe de pesquisas do Gartner.

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