ONG defende articulação mundial contra pornografia infantil na internet

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O presidente da Safernet Brasil, organização não-governamental que atua em parceria com o Ministério Público Federal contra a pedofilia na internet, Thiago Tavares, disse que um dos pontos altos das discussões do 2º Fórum para a Governança da Internet, que terminou na quinta-feira (15/11), foi o seminário sobre a prática de crimes como a pornografia infantil pela rede mundial.

De acordo com ele, uma pesquisa promovida pela instituição que coordena aponta que nos últimos 21 meses foram registrados 50 mil casos envolvendo páginas criadas por brasileiros com o objetivo de cometer crimes contra direitos humanos. Deste total, 40% eram relativos à pedofilia. "Infelizmente existe um crescimento exponencial nos últimos anos. Além disso, temos percebido que com o aumento da repressão por parte da comunidade européia, está havendo uma migração da atuação de redes criminosas que compram e vendem pornografia infantil por meio da internet do leste europeu para o Brasil", disse.

Para combater esse mal, ele defende uma atuação articulada entre provedores de internet, tanto brasileiros como aqueles que têm filiais no Brasil, os governos e a sociedade civil. Ele lembrou ainda que qualquer política ou intervenção na rede tem que ser pensada em termos globais. Segundo Tavares, não adianta resolver um problema em um determinado país porque, como a internet não tem fronteiras, o mesmo crime pode criar braços em outros países. Ele acredita que a harmonização da legislação nesse campo nas diversas nações pode promover avanços no combate a crimes desse tipo.

A próxima edição do Fórum de Governança da Internet está previsto para acontecer no ano que vem, na Índia.

Com informações da Agência Brasil.

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