Senador quer explicações sobre inclusão da Siemens entre empresas éticas

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O senador Pedro Simon (PMDB-RS) anunciou nesta segunda-feira, 17, que encaminhou à Controladoria Geral da União (CGU) de um requerimento de informações sobre o processo de análise que permitiu a inclusão da empresa Siemens no Cadastro Empresa Pró-Ética. Ele também solicitou explicação sobre a natureza dos critérios que norteiam a escolha das empresas consideradas aptas a constar no cadastro.

Simon disse estranhar a inclusão da multinacional alemã, uma vez que a empresa teria “um histórico desabonador em termos de conduta ética”. Segundo o senador, a revista Capital Aberto reproduziu, em janeiro de 2009, notícia da agência internacional Bloomberg relatando que a Siemens teria concordado em pagar cerca de US$ 800 milhões nos Estados Unidos e US$ 540 milhões na Alemanha para arquivar um caso de corrupção envolvendo agentes públicos em países em desenvolvimento para obtenção de contratos. O Brasil seria um desses países.

“Consideramos que deve haver maior rigor na seleção das empresas habilitadas a integrar qualquer cadastro destinado a abrigar companhias zelosas da conduta ética de seus funcionários. No caso da Siemens, evidentemente tais controles são falhos. Tais circunstâncias não permitem, de forma alguma, que uma empresa possa ser incluída em um cadastro pró-ético. Não fosse por seu passado de colaboração com o regime nazista, como a comprovada utilização de prisioneiros judeus como escravos em suas linhas de produção, a Siemens exibe, ainda hoje, um passivo controverso”, assinalou. Com informações da Agência Senado.

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