Sob pressão, Cisco fecha primeiro trimestre fiscal com queda no lucro e receita estável

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Os resultados financeiros da Cisco Systems do primeiro trimestre do ano fiscal de 2017, encerrado em 29 de outubro deste ano, divulgados nesta quinta-feira, 17, mostraram novamente a pressão que a fabricante de vem enfrentando no mercado corporativo de equipamentos de redes, embora venha ganhando força ultimamente no segmento de pequenas e médias empresas.

O lucro líquido caiu cerca de 4%, de US$ 2,4 bilhões um ano antes para US$ 2,3 bilhões neste ano. A empresa atribui grande parte dessa queda aos encargos com reestruturação. A receita líquida no trimestre, no entanto, subiu 1%, para US$ 12,4 bilhões, puxada principalmente pelas receitas com serviços, que cresceram 7%.

Já as receitas com produtos recuaram 1%, embora as vendas de sistemas de segurança tenham crescido 11% e as vendas de roteadores NGN, 6%. As receitas com switches diminuiu 7% e com dispositivos de collaboration e data center diminuíram 3% cada um. Dispostivos de redes wireless e para provedores de serviços de vídeo caíram 2%.

A Cisco tem enfrentado um período difícil em razão das mudanças nos gastos com tecnologia corporativa. Tanto que na divulgação preliminar dos resultado, a empresa havia previsto queda na receita. Durante teleconferência com analistas, o CEO Chuck Robbins disse que a perspectiva cautelosa foi em grande parte moldada pela fraca demanda dos provedores de serviços de comunicações e a suposição de que as condições da econmia mundial fraca continuariam.

Os encargos da Cisco no primeiro trimestre decorrem, em grande parte, de um plano anunciado em agosto para demitir 5,5 mil funcionários, o que representa 7% de sua força de trabalho, em razão da opção dos clientes por software e serviços em detrimento de hardware.

Os desafios enfrentados pela Cisco se devem ao fato de algumas empresas de web e operadoras de rede estarem evitando grandes fornecedores de hardware. Alguns clientes estão optando por executar software de rede em sistemas de comutação de baixo custo de fornecedores como a Quanta Computer, de Taiwan. Outros estão se voltando para serviços de nuvem externa, em vez de comprar e gerenciar seus próprios computadores e dispositivos de rede. A prova disso é que a receita com hardware de comutação, o maior negócio da Cisco, caiu 7%. As vendas de equipamentos sem fio, que estavam crescendo recentemente, caíram 5%.

Ao que tudo indica, Wall Street não viu com bons olhos os resultados. As ações da empresa no after-hours trading, negociação após o fechamento da Nasdaq, foram negociadas a US$ 30,20, queda de 4,34%.

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