Indústria de alta tecnologia mostra maior resistência ao câmbio

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Fabricantes de computadores, TVs, eletrônicos, equipamentos médico-hospitalares e aviões estão resistindo mais – e melhor – à má fase que atinge a indústria brasileira. Análise publicada no site do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) sustenta que o crescimento da indústria no primeiro semestre é proporcional à intensidade tecnológica – quanto maior o investimento, melhor o desempenho.
Enquanto a produção da indústria em geral cresceu 1,7%, os segmentos de maior investimento tecnológico aumentaram em 6,6% sua produção. Os de nível médio cresceram 2,5% e, por fim, os de média-baixa tecnologia evoluíram apenas 2,3%.
De acordo com o Iedi, os setores de alta tecnologia se beneficiaram da valorização do real frente ao dólar, reduzindo o custo da produção pela substituição de bens intermediários produzidos localmente por componentes trazidos de fora. Com isso, houve o barateamento dos custos de produção, aumento da competitividade e preservação da participação no mercado, compensando a concorrência com produtos totalmente importados.
O Iedi sublinha que a atual conjuntura brasileira não é de crise, mas de uma desaceleração da economia, em particular da indústria, para conter a inflação. Nesse contexto, o governo adotou a estratégia de desaceleração da economia, que vinha de um patamar de crescimento muito alto – o PIB fechou o ano passado com alta de 7,5%, em contraste com a expectativa de 4% neste ano. O instituto avalia como positiva a tentativa de amenizar este quadro por meio da redução tributária anunciada na última semana, com o Plano Brasil Maior.

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