Os setores de produção intensiva de tecnologia foram os que mais sentiram os efeitos da crise econômica mundial. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quarta-feira, 18, a produção dos segmentos considerados de média-alta e alta intensidade tecnológica caiu 25% e 17%, respectivamente. A análise foi feita entre setembro de 2008 e fevereiro deste ano, considerado o auge da crise.
De acordo com a diretora-adjunta de Estudos e Políticas Setoriais, Inovação, Produção e Infraestrutura do Ipea, Fernanda Di Negri, a queda na produção foi resultado da retração na demanda externa dos setores de média-alta e alta intensidade e no consumo doméstico pelo setor de bens de capital. "Os empresários pararam de investir nesse período em virtude das incertezas", conta.
O estudo mosta, no entanto, que entre fevereiro e agosto deste ano, os mesmos setores foram os que apresentaram recuperação mais rápida. O segmento de alta intensidade tecnológica teve crescimento de 12% na produção, enquanto o setor de média-alta intensidade registrou alta de 11%.
Entre os produtos de alta intensidade tecnológica, os equipamentos de eletrônica e de comunicações foram os mais afetados, mostrando redução de mais de 30% na produção. Já entre os produtos de média-alta intensidade tecnológica, as principais quedas na produção aconteceram nos setores de máquinas e equipamentos e de automóveis, que recuaram 34%. Com informações da Agência Brasil.
- Queda na produção