Benefícios do Flash dependem de gerenciamento eficiente

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A tecnologia memória Flash e o mercado que ela criou vêm se ampliando nos últimos anos. Esse cenário existe graças à nova realidade trazida por flash, como alta velocidade, baixa latência e alta densidade para armazenamento de dados. À medida que as empresas passam a perceber o papel central que esses avanços tecnológicos terão no futuro, principalmente, para os negócios, é cada vez maior o espaço ocupado pelo flash no planejamento estratégico das organizações. Afinal, agilidade é uma demanda constante e fundamental para todos os processos, especialmente os mais críticos, independentemente do setor de atuação de uma empresa.

De acordo com uma pesquisa do IDC, o mercado de flash deve chegar a US$ 1,2 bilhão até 2015, um crescimento de 34% tomando como base a taxa anual composta de 2013 a 2015.

No setor de armazenamento de dados, esse tipo de tecnologia hoje se apresenta ao mercado de duas formas: sistemas exclusivamente com discos com tecnologia flash (discos SSD), os chamados sistemas All Flash Array (AFA), ou os sistemas híbridos, nos quais discos SSD são combinados com discos mecânicos tradicionais. Os sistemas AFA, em geral, são mais performáticos, uma vez que aproveitam todo o potencial da tecnologia dos sistemas de armazenamento e dos discos SSD.  Mas, apesar de toda essa vantagem, é bom alertar que essa mudança hoje ainda é onerosa. Já os sistemas híbridos têm o objetivo de serem mais acessiveis economicamente, apesar de não explorarem todo o potencial que a tecnologia Flash tem a oferecer de imediato, mas hoje tem a melhor relação entre investimentos e performance.

Ao analisar esses dois cenários, é tentador planejar uma revolução, com instalação de um sistema exclusivamente em Flash e imaginando que essa é a solução de todos os problemas. Pesariam nessa decisão os indicadores tecnológicos, como performance, confiabilidade e escalabilidade. No entanto, a mudança deve ser estudada com cuidado e respeitar as singularidades de cada empresa. É importante levar em consideração todos os parâmetros e necessidades do negócio, refletindo sobre qual seria o investimento necessário, além de ponderar quais processos realmente se beneficiariam de imediato de uma transição para Flash.

Assim, a primeira análise deve estar focada nos requisitos dos negócios. É importante entender quais processos precisam dos benefícios de Flash e quais podem se manter na parte mais tradicional da infraestrutura. O segundo ponto é a base instalada e as adaptações que precisariam ser feitas para que flash tenha condições de funcionar na sua capacidade máxima. Pode-se fazer uma analogia com o mercado automobilístico: não adianta ter um motor de 200 cavalos de potência em um Fusca, pois ele não é capaz de usufruir de tanta velocidade. Da mesma forma, ainda que a abordagem híbrida seja escolhida, é fundamental realizar as intervenções corretas na infraestrutura e, principalmente, meio da implantação de um sistema eficiente de gerenciamento.

Para atingir tais objetivos, a escolha dos parceiros é fundamental. Flash pode trazer ganhos diretos aos processos mais críticos e que precisem ser acessados rapidamente, como e-commerce, bancos de dados críticos, sistemas de reservas online etc. Para aproveitar essa oportunidade ao máximo, é importante ter como parceira uma empresa que saiba combinar a experiência em infraestrutura de storage com as inovações em software e que seja capaz de aplicar o que existe de melhor em gerenciamento de dados, garantindo uma entrega que de fato ajude o negócio a dar um salto de qualidade.

Hoje, o mercado de storage encontra-se em um estágio no qual as tecnologias de discos tradicionais e Flash, na forma de discos SSD ou placas com memória flash, podem coexistir com um aproveitamento quase total do potencial dos equipamentos. Isso é possível uma vez que o trabalho de inovação nos sistemas operacionais e nas ferramentas buscam gerenciar os dados que transitam nos dois modelos de forma mais eficiente, controlando o fluxo de informações, por meio de soluções avançadas de gerenciamento de dados como ERP, CRM, business analytics etc.

É importante lembrar que Flash é novo no mercado, mais recente até que o conceito de computação em nuvem. O futuro reserva formas de armazenamento de dados ainda mais rápidas e densas. Diante disso, mais importante do que promover uma revolução em um data center que logo passará por outras renovações, é buscar as parcerias certas para enfrentar com segurança o momento de transição. As novas tecnologias oferecem muitos avanços, mas não transformarão o gerenciamento de dados em commodity, uma vez que as principais inovações residem justamente no desenvolvimento de sistemas de software e ferramentas capazes de gerenciar o volume de dados, que tende a crescer cada vez mais nos próximos anos.

* Ariovaldo Veiga de Almeida é engenheiro de sistemas sênior da NetApp do Brasil, empresa especializada em soluções de armazenamento e gerenciamento de dados.

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