Solução de segurança pessoal recebe teto máximo de edital da Finep

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A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) divulgou nesta sexta-feira, 18, o resultado final de sua Subvenção Econômica 2009. O programa, que já está na quarta edição, tem como objetivo promover o aumento das atividades de inovação e o incremento da competitividade das empresas e da economia no país. No total, foram aprovados 261 projetos, de 2.558 propostas recebidas, totalizando uma demanda de R$ 5,2 bilhões.
Para receber o aporte, os projetos passam por uma junta de especialistas que avaliam o grau de inovação, impacto social, viabilidade técnica, mercadológica, e, claro, a competência de execução dos projetos.
Um dos destaques no Brasil é a Invit, empresa de consultoria de TI do Triângulo Mineiro que surpreendeu ao receber o teto máximo do edital de R$ 10 milhões (não reembolsáveis), com seu projeto de codinome "Guarda-costas". O projeto é mantido sob confidencialidade e foi divulgada apenas a descrição sumária publicável exigida pela Finep: serviço integrado de segurança pessoal autônoma e assistida para dispositivos móveis.
"O projeto aborda de maneira revolucionária questões crônicas de segurança e criminalidade da sociedade moderna ao aplicar o que há de mais inovador em tecnologia da informação. É uma solução para o mundo todo que somente poderia ser concebida num país como o Brasil, todavia diante dos progressos socioeconômicos recentes e, obviamente, dos fundamentais instrumentos públicos de estímulo à inovação", explica o CEO da Invit e idealizador do Guarda-Costas, Sérgio Paim.
A capacidade de internacionalização do projeto também foi considerada um importante atributo analisado pela junta especialista. Segundo o CEO, o Guarda-costas não só possui esta característica, como já tem desenhado um modelo de negócio capaz de desbravar mercados globais. "Fazer tecnologia internacionalizável no Brasil é algo muito raro. Ainda mais via um produto para o consumidor final. Conseguimos desenhar um empreendimento que tanto integrará tecnologias no estado-da-arte globais (como o novíssimo Microsoft Windows Azure) quanto gerará patentes e diferenciais tecnológicos num novo e inexplorado nicho de mercado mundial", destacou Paim.
Empresa-academia
O projeto também é um excelente exemplo de cooperação academia-empresa, há muito discutido e estimulada por políticas governamentais. O escopo subvencionado conta com a consultoria técnica de 12 pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia e um da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – mestres, doutores e pós-doutores em Engenharia Elétrica, Engenharia Biomecânica, Matemática e Ciência da Computação.
"O grande mérito do projeto foi conseguir levar ciência e inovação ao mundo dos negócios e, ao mesmo tempo, oferecer um contexto de aplicação e materialização à academia. Com isso, a Universidade e o setor produtivo nacional se aproximam cada vez mais, consolidando uma parceria fundamental para o progresso de nosso país", comenta Alcimar B. Soares, pró-Reitor de pesquisa e pós-graduação da UFU.

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