Concessionárias poderão operar nas mesmas áreas com WiMAX

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A tecnologia WiMAX deverá trazer capilaridade às operações das concessionárias telefonia e, como não tem nenhum tipo de impedimento físico, poderá promover a chamada invasão, ou seja empresas operando nas áreas umas das outras.

Essa é a opinião de Ciro Hemsi, gerente da Promon que participou do evento "O novo cenário do WiMAX no Brasil e no mundo", nesta terça-feira, 18/4, em São Paulo.

Segundo sua análise, a Vivo poderá utilizar a tecnologia para entrar em novas áreas e oferecer serviços convergentes onde a Telefônica não está presente. Já para a Telemar e a Brasil Telecom – que já têm pacotes convergentes mais bem estruturados – o WiMAX pode representar uma oportunidade de buscarem mercados em outras áreas (a invasão). Para a Telefônica, ele acredita em uma complementação da oferta cabeada, onde os usuários são sub-atendidos.

"A principal vantagem do WiMAX é ser mais uma opção de banda larga em mercados onde hoje não há concorrência", afirma. Segundo ele, estima-se que em 2008, cerca de 60% das conexões banda larga serão pela tecnologia. "É uma estimativa otimista, que deverá se consolidar se nenhuma outra tecnologia de acesso sem fio tornar-se dominante", afirma.

WiMAX versus 3G

De fato, uma das ameaças ao sucesso da tecnologia no Brasil são as redes 3G, que também suportam altas taxas de transmissão de dados. "A operadora já tem um caminho e hoje ela se depara com essa dúvida," diz.

Mas, segundo Hemsi, o atraso das redes 3G no Brasil é bom porque abre espaço para mais uma opção de acesso sem fio, ou seja, o WiMAX. Além disso, o investimento em WiMAX é menor, o que resultaria em retorno mais rápido e com menor risco.

Na opinião de Ginaldo Pereira, gerente regional da Alvarion, fornecedora israelense de banda larga sem fio, as duas tecnologias vão coexistir. "Não vejo como tecnologias concorrentes, as operadoras vão usar o WiMAX como complemento em suas redes," disse.

A Alvarion já comercializa banda larga sem fio para algumas prefeituras como Guarulhos (SP), Catanduva (SP), São José do Rio Preto (SP) e Mangaratiba (RJ) e espera um "boom" de negócios com o leilão da faixa de 3,5 GHz.

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