Número de amigos nas redes sociais está relacionado a estrutura cerebral, diz estudo

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O cérebro de pessoas que acumulam muitos amigos nas redes sociais é diferente daqueles que têm poucos amigos virtuais. É o que sugere um estudo da University College of London (UCL), que utilizou ressonância magnética para estudar o cérebro de universitários ativos no Facebook. Os estudos mostram que o número de contatos que uma pessoa tem no Facebook tem relação direta com a estrutura de regiões focais do cérebro humano. A massa cinzenta, camada do órgão na qual ocorre o "processamento" mental, tem densidades diferentes em três áreas do cérebro entre os mais e menos sociáveis on-line. Uma dessas áreas, o sulco temporal superior direito, está relacionada à nossa memória associativa de nomes e rostos de pessoas.

A pesquisa utilizou ressonância magnética em universitários e também aplicou um questionário comparativo entre os amigos do Facebook e os da “vida real”. Assim, os pesquisadores identificaram três regiões cerebrais nas quais a densidade da massa cinzenta era mais densa nas pessoas com o maior número de contatos no Facebook. Curiosamente, essa diferença não estava relacionada ao número de amigos off-line – o sulco temporal superior direito e o giro temporal médio esquerdo, associados com a habilidade de reconhecer expressões faciais, e o córtex entorrinal direito, ligado à nossa memória para nomes e faces.

O estudo ressalta, contudo, que não é possível afirmar se a rede causa alterações cerebrais no longo prazo ou se as estruturas diferentes determinam um comportamento on-line distinto. O estudo foi feito com objetivo de aplicar as técnicas da neurociência para determinar a influência das redes sociais no comportamento das pessoas. “Uma questão muito presente na sociedade contemporânea é se as pessoas usam as redes sociais da mesma maneira ou se esses sites permitem uma comunicação e interação diferente do que tudo que já tivemos”, afirmou ao The Guardian o diretor do Instituto de Neurociência Cognitiva da UCL, professor Geraint Rees, que conduziu o trabalho. “As pessoas se preocupam se isso está afetando seu cérebro ou as maneiras com as quais interagem com o mundo”, disse  Rees.

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