BPM: Um caminho sem pedras

0

Processos. Quando eles vêm à cabeça, muitos logo associam a situações enfadonhas, engessadas e imutáveis. Indo além, o paralelo mais comum é com burocratização e excesso de regras. No entanto, em diferentes situações do nosso cotidiano são os processos que garantem que saibamos como fazer, da melhor forma e sempre, todas as tarefas que temos que cumprir, das mais simples às mais complexas.

No mundo corporativo, o cenário não é diferente. Mesmo que não se tenha consciência, a grande maioria das ações e decisões tomadas em uma empresa é processual. Afinal, os processos são a linha guia que permite que haja um padrão de conduta que, quando testado e bem executado, conduzirá a corporação para um crescimento pautado pelas melhores práticas.

Parece simples e intuitivo, e, na verdade, é mesmo. Mas muitas empresas acreditam que os caminhos são trilhados e cimentados de maneira aleatória e com o tempo. E, é nesse ponto que falham. Os processos — mesmo que necessários e orientados às pessoas que os executam — têm de ser pensados, mapeados, desenhados, organizados, automatizados, analisados com frequência e extremamente aderentes ao negócio. Da mesma forma que nenhuma corporação escreve sua estratégia em um papel de pão, todo o mapa de seus processos que, em última instância, garantirá o atingimento das metas, também deve ter a mesma atenção e ser tratado com cuidado.

Assim, antes de olhar para os processos como algo rígido e que tolhe a criatividade das pessoas, as empresas devem tomá-los como uma forma governada para garantir agilidade, transparência e padronização de atividades que, no fim do dia, permitirão que seu cliente seja bem atendido em qualquer local em que seu negócio esteja, que seus colaboradores tenham uma curva de aprendizado muito mais acelerada, que você perenize o conhecimento que foi gerado internamente e, o mais importante, que sua companhia esteja pronta para mudar e evoluir a qualquer momento.

Afinal, ao contrário do que muitos pensam – que processos engessam – é a organização conquistada por meio deles que permite que – quando uma empresa precisa tomar uma decisão rápida, seguir uma nova lei, ou mudar de rumo – essa guinada se torne possível. Ninguém consegue mexer em peças que não sabe onde estão e, muito menos, sem saber quais serão os impactos causados no curto, médio e longo prazo.

Talvez por isso (digo talvez, pois a lista de motivos não caberia nesse artigo) que o BPM — ou gestão de processos de negócios —, tem sido visto como uma tendência a ser cada vez mais massificada, e que, segundo o Gartner, deve, ainda, avançar para o conceito de operações de negócios inteligentes. Ou seja, não é o processo pelo processo, mas sim um caminho que guiará as empresas a operarem com mais governança e sabedoria, sempre com as regras do jogo muito bem mapeadas e documentadas e, como não poderia deixar de ser, orientadas ao que toda companhia almeja: seu crescimento sustentável.

*Fernando Menchini é especialista de processos da Software AG.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.