Sino-Brasileiro implanta RFID para inventário de equipamentos

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O Hospital e Maternidade Sino-Brasileiro — que conta com 465 funcionários e 150 leitos — está comemorando dez anos de existência e a inauguração de um  setor especializado em hemodinâmica. Uma das estratégias adotadas para suportar essa expansão se refere à produtividade alcançada a partir da implantação da tecnologia RFID (identificação por radiofrequência), que  dinamiza o inventário de equipamentos e bens patrimoniais, como cadeiras, armários e equipamentos de informática.

Antes da solução, o gerente de TI da Instituição, Erik Shiniti Oki, conta que o inventário era feito manualmente e, por isso, o processo era demorado. "Era necessário cerca de 20 dias", explica, acrescentando que tinham que verificar equipamento por equipamento e atualizar sua devida localidade. "O difícil era ir no equipamento, olhar a etiqueta dele, ver se estava no lugar certo, ver se batia o número de série", comenta.

O projeto de adoção do RFID partiu da necessidade de "melhorar o tempo do inventário e automatizar a atualização dos dados", explica Oki. Uma consultoria apresentou ao hospital a tecnologia de identificação por radiofrequência e a empresa Dominion ProSat como fornecedora. Seis meses depois, a proposta foi aceita. Após o aval, um ano de implementação foi necessário, "pois o levantamento das informações dos bens e equipamentos antigos foi demorado", argumenta Oki.

Durante o processo, inclusive, ele revela que a empresa fornecedora os auxiliou. "Tivemos que implementar alguns relatórios de controle não previstos no início do projeto", comenta. A equipe de TI precisou preparar um servidor específico para rodar o software, conta Oki, dizendo que todo o projeto recebeu investimento de algo em torno de R$150 mil.

Resultados

Após a implementação do RFID, que entrou em operação em julho de 2011, os processos se tornaram mais ágeis. "Hoje, é como um gatilho, um leitor de código faz a leitura do equipamento", explica.

Enquanto antes o inventário era realizado em 20 dias, atualmente o processo demanda apenas 24 horas. O trabalho é realizado por dois funcionários da manutenção. Como diferenciais do projeto, Oki pontua a facilidade e a rapidez em identificar bens e equipamentos, permitindo a "atualização automática da localização (dos bens e equipamentos) e a gravação dessas informações em um histórico das localidades por onde o equipamento passou", explica.

No entanto, ele cita uma métrica negativa gerada pela nova tecnologia: a "demora operacional no registro de novos equipamentos no sistema". Segundo Oki o problema acontece quando uma pessoa compra um item novo, cola a etiqueta e, se não der entrada nesse sistema, o equipamento não é identificado, aparecendo somente um código. "Não aparece o equipamento nem onde está", explica.

De acordo com o executivo, isso ocorre porque o sistema ainda não está totalmente integrado, mas a equipe já está "tentando melhorar essa rotina para fazer o processo completo na aquisição do bem ou equipamento", revela.

Outros controles

Entre ações futuras também está a intenção da equipe de TI do Sino-Brasileiro de informatizar toda a parte assistencial do hospital. Segundo Oki, uma vez tendo a tecnologia RFID em mãos, existe a possibilidade de expandir seu uso para outras funcionalidades.

Os resultados positivos colhidos com a tecnologia RFID para a realização do inventário dos equipamentos e bens patrimoniais da Instituição tornaram-se, portanto, propulsores para outros projetos utilizando a mesma tecnologia. Pretende-se também controlar o acesso de entrada e saída de pessoas, (visitantes) e dos recém-nascidos da maternidade. O propósito é evitar, assim, furtos e quaisquer outras ações ilegais.

As pulseiras RFID na área de maternidade farão com que, caso um bebê saia com a pulseira sem ter autorização prévia, a portaria recebe um alerta, pois a pulseira teria um sinalizador interligado a um portal instalado na entrada da Instituição.

O portal, que já está sendo instalado, tem como objetivo o controle antifurto, que serviria também para alertar a saída desautorizada de um equipamento. E na área de controle de acesso, com a implementação de catracas com tecnologia RFID, vai controlar a entrada e saída de visitantes e acompanhantes de pacientes do hospital.

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