Bull se reposiciona para explorar novos mercados

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Após a conclusão de seu processo de privatização, iniciado em 1996 e que culminou com a saída recentemente do governo francês do controle acionário da empresa, que agora restringiu a 16,3% a sua participação no capital, a Bull deslancha a sua estratégia para se reposicionar nos mercados de TI e telecom.

Para anunciar a nova fase, o presidente e CEO da companhia, Didier Lamouche, esteve hoje (20) no Brasil para explicar as mudanças que foram efetuadas e as estratégias de atuação que serão seguidas a partir de agora.

Entre as principais mudanças, apontadas pelo executivo, estão a reformulação de boa parte da equipe dirigente e um novo logo, que tem como slogan a frase ?Bull: Back in Business?, que pretende representar a transformação da companhia. Apesar de pouco tempo no cargo, Lamouche, que assumiu o comando da empresa em fevereiro, diz que o reposicionamento da Bull já começa mostrar bons resultados.

Segundo ele, as receitas obtidas no primeiro semestre superaram as expectativas, com um faturamento de ? 571,8 milhões e lucro líquido de ? 9,4 milhões. Desse total, a venda de produtos teve um incremento de 16% e a área de serviços, 4%, mas a meta da Bull é aumentar a participação dos serviços na receita total ? a venda de produtos corresponde a 46% dos negócios, contra 27% de serviços.

O executivo explica que o foco da Bull continua sendo os mercados de telecomunicações, financeiro e setor público, nos quais detém 9%, 17% e 40% de participação. Mas Lamouche adianta que a empresa agora pretende diversificar suas receitas nas verticais em que atua e atacar também os chamados mercados emergentes.

Segundo ele, o Brasil tem boa atuação nos segmentos em que pretende crescer e que, portanto, a meta é que a subsidiária brasileira, que hoje representa 2% do faturamento mundial da companhia, dobre a sua participação nas receitas. ?No Brasil somos muito fortes em telecom e finanças, áreas em que podemos crescer mais ainda?, analisa.

Lamouche diz que a visita ao Brasil se deve ao fato de a empresa ter decidido apostar mais no país e no leste europeu do que na China, por exemplo. "Enquanto todos estão de olho naquele mercado, que considero competitivo e com cultura pouco flexível, investiremos no Brasil, que é mais equilibrado", afirma.

De acordo com o CEO, a empresa atravessou momentos difíceis, que a obrigou a vender alguns ativos e a buscar uma recapitalização com os acionistas. "Tínhamos uma dívida de ? 700 milhões em 2004, mas conseguimos zerar esse débito e hoje temos ? 350 milhões em caixa", revela.

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